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Reclame Aqui expande marca dando mais voz aos consumidores

6 nov 2012 - 07h42
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O mau atendimento recebido por uma funcionária da TAM, em 1999, impulsionou a criação de um site dedicado a registrar queixas dos consumidores, o Reclame Aqui. Hoje com 5,5 milhões de cadastros, a empresa responsável pelo site faz planos para a expansão. Entre eles, a difusão para outras plataformas e a criação de um site similar para reclamações relacionadas a cidades, o Reclame Cidades. Com isso, espera, pela primeira vez, terminar o ano no azul.

Fundado em 2001, o Reclame Aqui registrou 29 reclamações no primeiro ano. Em 2012, elas já ultrapassam 3,5 milhões. Um crescimento significativo que ganhou fôlego em 2007, quando o número de internautas cresceu e as empresas começaram a responder mais
Fundado em 2001, o Reclame Aqui registrou 29 reclamações no primeiro ano. Em 2012, elas já ultrapassam 3,5 milhões. Um crescimento significativo que ganhou fôlego em 2007, quando o número de internautas cresceu e as empresas começaram a responder mais
Foto: Divulgação


Maurício Vargas, presidente e fundador do site, já trabalhava com internet quando percebeu que não havia um lugar em que ele pudesse reclamar do atendimento recebido pela companhia aérea. A partir daí, desenhou o Reclame Aqui, que entrou no ar em 2001.



No primeiro ano, 29 reclamações foram registradas. Em 2012, elas já ultrapassam 3,5 milhões. Um crescimento significativo que ganhou fôlego em 2007. "Foi quando o número de internautas subiu consideravelmente e as empresas começaram a responder mais", conta Maurício. Além disso, as reclamações passaram a ser indexadas no Google, o que aumentou a visibilidade.



Sua maior publicidade, no entanto, parte dos próprios usuários. "Nós nos orgulhamos de uma coisa: nunca fizemos uma única propaganda. A nossa propaganda é o boca a boca. O nosso crescimento é fruto disso", afirma. Segundo ele, 72% das reclamações são respondidas pelas 42 mil empresas cadastradas.



O Reclame Aqui serve também como referência da qualidade das empresas. A página disponibiliza um ranking com as melhores classificadas. Ao todo, são 500 mil pesquisas diárias, o que corresponde a 92% das visitas da página.



Para Maurício, o Reclame Aqui funciona como um canal de comunicação tanto para o consumidor, quanto para as empresas. "Nós queremos ser um dos maiores canais de reclamações da América Latina. Hoje, tem telefone, tem e-mail e tem Reclame Aqui."

Expansão
Apesar do sucesso da página, a empresa responsável pelo site, Holding Óbvio Brasil, terminou todos os seus 11 anos de funcionamento no negativo. Os planos da empresa são de encerrar 2012 com seu primeiro saldo positivo.

Isso deve acontecer graças ao lançamento, em abril deste ano, de uma ferramenta de gerenciamento do Reclame Aqui. Com ela, é possível responder às reclamações, além de fazer uma análise da empresa. A ferramenta, paga mensalmente, já gerou receitas de R$ 1 milhão. A previsão é que sejam arrecadados R$ 8 milhões ao fim dos próximos 12 meses. Até este ano, o financiamento da empresa se dava principalmente por eventos e consultoria e pelas doações dos consumidores, totalizando cerca de R$ 1,5 milhão.

A Holding Óbvio Brasil deve lançar no ano que vem uma versão para o México do site e, em novembro, o Reclame Cidades, versão cidadã do Reclame Aqui. Também foi feita parceria com o Serasa para criar o Monitore Aqui, ferramenta que tornará possível o levantamento das informações das empresas. Há ainda o desenvolvimento de um aplicativo para smartphones que permitirá que o consumidor tenha acesso na hora aos serviços do Reclame Aqui.

Para Maurício, os 11 anos no vermelho foram encarados como investimento. Agora, a empresa está começando a colher os frutos do tripé do que é bom para o consumidor, a empresa e o Reclame Aqui. "Queremos ganhar dinheiro, sim, mas nos colocamos como a empresa do setor ¿dois e meio¿. Não somos uma empresa de terceiro setor, porque queremos ganhar dinheiro, mas somos do ¿dois e meio¿ porque temos um apelo social", afirma.

Fonte: Cross Content
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