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Pessoa Fisica

Comprar imóveis no exterior é boa opção de investimento

10 out 2013 - 07h44
(atualizado às 07h44)
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A procura de brasileiros por imóveis no exterior é crescente. Segundo o Banco Central, entre 2007 e 2011 o investimento direto em atividades imobiliárias em países como Estados Unidos, Portugal e Espanha cresceu 360%. Somando-se os gastos com a compra a serviços como corretagem, o valor chega a US$ 1,1 bilhão - equivalente à R$ 2,42 bilhões. A crise financeira dos Estados Unidos em 2008 e os recentes problemas econômicos europeus impulsionaram esse mercado. Mais do que uma opção de lazer, comprar imóveis fora do Brasil é uma alternativa de investimento.

Segundo Renato Teixeira, presidente da rede imobiliária RE/MAX Brasil, a crise norte-americana tornou os preços do país mais baratos que o de imóveis no território brasileiro, como no Rio de Janeiro. Quem deseja passar as férias no exterior busca áreas turísticas com clima semelhante ao do Brasil, o que coloca a Flórida como a região mais procurada. Rodrigo Gomes Bellini, sócio-diretor da rede Century 21 Max - Rio de Janeiro, diz que Orlando é o local mais procurado, por ter um preço mais acessível, enquanto Miami vem se valorizando.

Nos Estados Unidos, o perfil médio do imóvel procurado pelos brasileiros custa de US$ 250 mil a US$ 400 mil, de acordo com Teixeira. Influencia nesse valor principalmente a localização. Embora haja quem procure uma segunda moradia, na maioria dos casos, os brasileiros compram buscando um investimento, que pode render pela valorização e pela locação para turistas.

O processo de aquisição do imóvel é pouco burocrático, em especial nos Estados Unidos. Uma vez confirmada a disponibilidade do valor necessário na conta do comprador, uma minuta contratual é elaborada, o contrato é feito e a remessa enviada aos Estados Unidos. Não é preciso abrir conta em um banco americano. O brasileiro tem acesso fácil a crédito no país, afirma Teixeira. É possível financiar até 70% do imóvel, sendo necessário comprovar a renda. Ainda assim, a maior parte das compras é à vista. Se financiado, a entrada pode ser a partir de 30% do valor, estando sujeito a aprovação de crédito e com juros entre 4% e 5% ao ano, afirma Bellini.

Ainda que normalmente se busque imóveis mais caros, apartamentos de um dormitório em Orlando, próximos aos parques da Disney, custam a partir de US$ 60 mil (R$ 132 mil). O valor pode dobrar para um bom imóvel em Aventura, Miami.

Investimento na Europa

O terceiro local mais procurado pelos brasileiros, segundo Bellini, é Portugal, que vem tentando atrair investidores daqui. “Em Portugal, as instituições bancárias não possuem uma linha de financiamento específica para estrangeiros, mas os brasileiros podem se valer de uma linha normal, oferecida aos portugueses. Neste caso, ter dupla nacionalidade ou um fiador português são os requisitos”, ressalta Teixeira. O financiamento pode chegar até a 80% do imóvel. Além dos custos de aquisição, a escritura e os registros - que somam no máximo mil euros - e o imposto de selo - porcentagem do empréstimo bancário - também devem ser pagos. Um apartamento com dois dormitórios em Lisboa pode ser encontrado por 70 mil euros (R$ 209 mil).

Punta del Este, no Uruguai, e Espanha completam a lista dos locais mais procurados. Imóveis na praia uruguaia só podem ser adquiridos se o comprador tiver rendimento no país, afirma Bellini. Um flat na praia espanhola de Torremolinos, ao sul do país, pode custar 50 mil euros (R$ 149,5 mil).

Espanha, Portugal e Grécia oferecem os melhores preços da Europa. Mas Teixeira alerta que os investidores precisam analisar caso a caso, já que não é possível saber quanto tempo essa desvalorização irá durar.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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