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Índice de miséria salta 6 pontos e alcançará 20% em 2016

O indicador foi criado pelo banco Fibra, combinando taxa de desemprego e inflação

7 mar 2016 - 15h40
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A recessão mais intensa e mais duradoura da história do País levou a um salto de seis pontos no índice de miséria, que deve superar 20% no primeiro semestre deste ano, segundo o banco Fibra.

A série histórica do índice de miséria começa em 2012, em 13,06%, e saltou para 19,62% no final de 2015
A série histórica do índice de miséria começa em 2012, em 13,06%, e saltou para 19,62% no final de 2015
Foto: Wikimedia / O Financista

O indicador criado pelo banco é uma combinação entre a taxa de desemprego e a inflação. “O índice de miséria vai apresentar valores superiores a 20% no primeiro semestre devido a uma indigesta combinação de taxa de desemprego aumentando e inflação acima de 10% ainda nos primeiros meses deste ano”, explica Cristiano Oliveira, economista do banco Fibra.

A série histórica do índice de miséria começa em 2012, em 13,06%, e saltou de 13,56% ao fim de 2014 para 19,62% no final de 2015. A expectativa do banco Fibra é de que o índice registre média de 18,06% ao longo deste ano. 

Foto: O Financista

A estimativa leva em consideração a projeção de dois milhões de postos de trabalho fechados neste ano e taxa de desemprego média de 11,6% na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua)

“Julgamos que a piora do mercado de trabalho ainda esteja no começo e que o cenário deve apresentar deterioração adicional nos próximos meses”, afirmam os economistas do banco, Cristiano Oliveira e Camila de Caso, em relatório.

Para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), é esperado patamar entre 6,5% e 7% após atingir 10,67% em 2015.

“O índice de miséria deverá manter em 2016 a trajetória de alta registrada nos últimos meses por conta da alta da taxa de desemprego. Por outro lado, o IPCA deve apresentar desaceleração ao longo do ano que deve impedir que a sensação de precariedade das condições de vida acelere acentuadamente”, explicam os economistas.

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