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Fiesp: aumento da taxa de juros prejudica a retomada da atividade

Para órgão, estímulo à produção nacional dado pela desvalorização cambial será anulado pelo aumento da taxa de juros

9 out 2013 - 20h28
(atualizado às 20h59)
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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) criticou nesta quarta-feira o aumento da taxa básica de juros anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). O órgão aumentou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 9,5% ao ano. 

"Este novo aumento da taxa de juros vem prejudicar o momento propício à retomada da atividade. O estímulo à produção nacional dado pela desvalorização cambial será anulado pelo aumento da taxa de juros. É hora de baixar juros e aumentar o investimento público direto e em concessões, para voltarmos a crescer”, afirmou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, em nota.

A federação afirmou que o Banco Central erra ao aumentar a taxa de juros. "A inflação está dentro do intervalo da meta e o crescimento do PIB aponta um resultado negativo neste terceiro trimestre." Além disso, após anos de valorização cambial retirando a competitividade do produto brasileiro, conseguimos alcançar uma taxa de câmbio que afeta menos a produção nacional", diz o comunicado.

Outro representante da indústria, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), afirmou que a trajetória de inflação acumulada em 12 exige que haja um acompanhamento por parte da política monetária. "É preciso manter o alerta para o comportamento dos preços em 2014", disse em nota.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) considerou uma "contradição" o aumento, afirmando que não existe risco de inflação que justifique a decisão do Copom, que só beneficia as instituições financeiras. "Esse aumento da Selic penaliza a atividade econômica e reduz o ritmo do crescimento, colocando em risco o emprego e a renda das famílias. Encarece o crédito e compromete a produção industrial do país, que depende de financiamento para viabilizar os investimentos", afirmou o presidente do órgão, Carlos Cordeiro.

Fonte: Terra
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