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Consumidor

Pipoca e refrigerante no cinema? Fuja dos preços abusivos

O cinema não pode impedir que a pessoa leve de fora alimentos e bebidas

19 jan 2015 - 10h00
(atualizado às 10h19)
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No escurinho: obrigar cliente a comprar no estabelecimento do cinema é venda casa
No escurinho: obrigar cliente a comprar no estabelecimento do cinema é venda casa
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

Umas das reclamações mais comuns de quem costuma frequentar sessões de cinema é o preço dos alimentos vendidos ao público. Itens comuns como pipoca, água e refrigerante podem custar até mesmo cinco vezes mais do que nas gôndolas de supermercados - um aumento estratosférico e que pode deixar o preço da alimentação superior ao do próprio ingresso (que passa fácil dos R$ 20).

Não raro, a administração do cinema sugere ou exige que os comes e bebes sejam comprados no local, proibindo a entrada na sala com comida trazida de fora. Conforme a advogada Claudia Almeida, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, trata-se de uma prática abusiva. “Configura venda casada”, explica.

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Mas e os preços? Aí vai da escolha do consumidor, avisa, porque os estabelecimentos têm liberdade para a fixação de valores. Se o cliente considerá-los proibitivos, não é obrigado a adquiri-los. E pode pesquisar em outros locais.

Foi o que fez o médico Gustavo Telles Corrêa. Insatisfeito com o alto preço da água mineral nos cinemas de Porto Alegre, ele conta já ter assistido filmes muitas vezes com uma garrafinha buscada no supermercado. E nunca foi molestado pelos fiscais da sala - se bem que ele não tem certeza se ingressou com a água na mão ou se pediu para a namorada guardá-la na bolsa - uma artimanha clássica para fugir dos altos preços e evitar constrangimentos, mas que não funcionaria com um saco de pipoca.

“Uma coisa é cobrarem mais em um bar. No cinema talvez não precise tanto. É demais”, queixa-se.

No caso da garrafinha d’água, a diferença ia de menos de R$ 1 no supermercado para R$ 5 ou R$ 6 na sessão. Há outros exemplos inflacionados: um pacote com balas pode sair pelo triplo do preço, e um copo de meio litro de refrigerante valer o dobro de uma garrafa de dois litros.

Ainda assim, existe um motivo para Gustavo colocar a mão no bolso no cinema e pagar a mais: ganhar tempo. Ele não gosta de ficar muito tempo na fila do supermercado ou dar voltas para buscar a água. Questão de escolha, como disse a advogada Claudia, do Idec.

O que pode ou não pode

::: Preço

Quanto ao preço, os estabelecimentos têm liberdade para fixação de preços. Cabe ao consumidor pesquisar e exercer o seu poder de escolha.

::: Venda exclusiva

Quando obrigar o consumidor a comprar alimentos vendidos pelo cinema o Idec considera essa prática abusiva, pois configura venda casada.

Fonte: Padrinho Agência de Conteúdo
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