PUBLICIDADE

Preços do algodão devem “andar de lado”, diz consultor

24 mai 2013 - 07h03
Compartilhar
Exibir comentários

O algodão parou. Após uma excelente trajetória no período de janeiro a março, com uma alta superior a 15%, os preços caíram mais de 6% em abril. Em maio, os valores ficaram por volta dos R$ 198 por libra-peso, com uma variação mínima entre os dias 14 e 20, segundo indicadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (CEPEA), da Universidade de São Paulo.

Falta de algodão de qualidade no Brasil deve manter preço alto
Falta de algodão de qualidade no Brasil deve manter preço alto
Foto: Shutterstock

Para Elcio Bento, analista da consultoria Safras & Mercado, de Porto Alegre, o mercado brasileiro está altamente influenciado pelo volume externo de vendas de algodão. A tendência para o final de maio e início de junho, segundo Bento, é que não existam mudanças bruscas nos preços internos.

Segundo o consultor, o preço do algodão deve se manter estável até o início da colheita da próxima safra. “O mercado atingiu o pico em março. Está muito pautado pela importação. Há pouco algodão de boa qualidade no Brasil. Por outro lado, esses preços devem continuar firmes até a metade de junho, quando começa a colheita no País. Antes disso, o mercado andará de lado”, afirma.

Bento diz que esses preços se devem aos resultados da safra passada, quando houve o maior volume da história. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento, a área cultivada com algodão em pluma passou de 1,3 milhão de hectares na safra 2011/12  para 886,7 mil hectares em 2012/13, um recuo de 36,4%. Assim, houve uma redução de 32,8% da produção nacional, de 1,8 milhão de toneladas para 1,3 milhão de toneladas.

Cenário internacional

A safra mundial de 2012/13 foi de 118,5 milhões de fardos, segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês). O montante foi 7% menor do que na safra de 2011/2012. Por outro lado, o consumo global cresceu mais de 3%, empurrado pelos países asiáticos.

As estimativas iniciais do USDA para a produção mundial na próxima safra são de redução de 3%. O consumo, por outro lado, deve ter elevação de 2%. Enquanto isso, a China planeja aumentar seu estoque de algodão, de 10 milhões de toneladas para 12 milhões de toneladas.

GHX Comunicação GHX Comunicação
Compartilhar
Publicidade
Publicidade