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Os brechós estão em alta; veja dicas para empreender na área

Crise e busca por sustentabilidade fazem crescer vendas de roupas usadas. Lojas do gênero são boa opção de negócio com baixo investimento

24 jul 2015 - 07h00
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Com o desempenho ruim da economia brasileira no primeiro semestre, muitos consumidores passaram a buscar maneiras de reduzir gastos. Uma das saídas encontradas foi recorrer a roupas usadas, o que levou a um aumento considerável no número de brechós existentes no país. Segundo dados do Sebrae, o número de estabelecimentos deste tipo cresceu 5% entre 31 de março e 16 de maio de 2015,e 23% desde o início de 2013.

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Além da crise, o aumento do interesse das pessoas por este tipo de comércio também está relacionado a uma maior preocupação com a sustentabilidade. “Reutilizar as coisas é uma tendência mundial, e com as roupas não é diferente. Estas lojas já são bastante comuns na Europa, e aqui no Brasil também deve popularizar cada vez mais”, explica Wilsa Sette, coordenadora de varejo da moda do Sebrae Nacional. Segundo ela, esse tipo de comércio tem se destacado em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Distrito Federal.

Número de brechós no país passou de 12,6 mil para 13,2 mil entre 31 de março e 16 de maio de 2015
Número de brechós no país passou de 12,6 mil para 13,2 mil entre 31 de março e 16 de maio de 2015
Foto: View Apart / Shutterstock

Além de um público crescente, os brechós são uma boa opção para quem quer começar a empreender por conta dos seus baixos custos. “Existe a opção de criar um e-commerce ou vender pelas redes sociais. E mesmo que você opte por um ponto físico, é possível comercializar as peças em consignação, eliminando o custo de fazer um estoque”, afirma Wilsa. 

Planejamento e preparo

Para abrir um brechó, no entanto, não basta juntar meia dúzia de roupas usadas e montar uma banquinha. Como todo negócio, este também exige planejamento, e um bom começo é escolher um nicho, aconselha Wilsa. Isso vai facilitar não apenas a pesquisa de peças, como também ajuda a reduzir a concorrência. “É possível trabalhar com moda feminina, masculina, infantil, vintage, retrô, com marcas famosas. E para saber em qual desses focar, é preciso pesquisar bastante o seu público e saber o que ele busca”, acrescenta a coordenadora de varejo da moda do Sebrae Nacional.

Uma das principais dificuldades encontradas pelos empresários do setor está em encontrar bons fornecedores de roupas. Segundo Wilsa, uma dica para superar este obstáculo é visitar bazares de igrejas ou entidades beneficentes. Mas o mais importante é fazer uma divulgação eficiente do seu brechó para atrair mais clientes, que podem se tornar novos fornecedores. “Também é importante receber apenas roupas limpas, pois isso vai reduzir seus custos e baratear o preço de venda. Se não for possível, procure firmar uma parceria com alguma lavanderia, para manter um padrão de qualidade e ainda garantir descontos”, sugere a especialista.

Já na hora de definir os preços das roupas, Wilsa afirma que é preciso levar em conta uma série de fatores. Em primeiro lugar, é necessário ver se a peça já foi usada ou não, qual é a sua marca, se está manchada ou com algum defeito e se é original ou foi retocada. Além disso, é importante avaliar se a peça é atual ou se pode ser adaptada para looks atuais. Por fim, vale fazer uma pesquisa para saber qual é o preço de uma peça nova equivalente, à venda nas lojas do ramo.

Tudo isso demanda um bom conhecimento dos produtos com os quais se pretende trabalhar, por isso Wilsa lembra que o aspirante a dono de brechó tem que se preparar para atuar nesse ramo. “Outro ponto importante para que este tipo de negócio tenha sucesso é que a pessoa precisa entender de moda. Busque cursos que vão te ajudar a fazer uma melhor seleção dentro do seu nicho e produzir looks voltados para uma tendência atual, que valorizará seus produtos”, encerra a representante do Sebrae.

Fonte: PrimaPagina
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