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‘Magnata das flores’ fatura R$ 26 milhões com vendas online

Dono da Giuliana Flores transformou uma pequena floricultura na maior loja virtual do ramo no país

26 set 2014 - 08h00
(atualizado em 4/11/2014 às 12h47)
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Clóvis Souza iniciou a Giuliana Flores com um capital de apenas R$ 15 mil, e hoje recebe mais de mil pedidos online por dia
Clóvis Souza iniciou a Giuliana Flores com um capital de apenas R$ 15 mil, e hoje recebe mais de mil pedidos online por dia
Foto: Divulgação

Dizer que a vida do empresário paulista Clóvis Souza é um mar de rosas seria exagero, mas não há dúvida de que ele deve praticamente tudo o que tem às flores. Aos dez anos, Clóvis já trabalhava como vendedor e entregador em floriculturas. Aos 19, abriu seu próprio negócio. E hoje é proprietário da maior loja online do ramo no país, a Giuliana Flores, que registrou um faturamento de R$ 26 milhões em 2013.  

A trajetória de Clóvis como empreendedor, no entanto, começou quase por acaso. “Na adolescência eu conseguia uma boa renda porque trabalhava como freelancer. Cada dia eu entregava para uma floricultura e nem passava pela minha cabeça ter o meu próprio negócio”, lembra. Tudo começou a mudar em um dia de 1990, quando ele foi auxiliar um amigo que era dono de um imóvel e queria alugá-lo. “Ele me pediu para ajudar a colocar uma placa na frente da casa. Quando estávamos fazendo isso, percebi que muito carros passavam pelo local. Então comentei que aquele seria um bom ponto comercial e ele me perguntou se eu estava interessado”, conta.

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Clóvis não conseguiu fechar negócio com o amigo na hora, pois não tinha o capital necessário para montar uma floricultura. Naquele mesmo dia, quando foi visitar a namorada, sua sogra percebeu que ele estava triste e perguntou o motivo. Depois de escutar a história do jovem, ela lhe propôs sociedade, e entrou com cerca de R$ 15 mil para abrir a loja. Nascia assim, na cidade de São Caetano do Sul (SP), a Giuliana Flores. “Nossa sociedade durou seis anos, e permitiu que nós dois comprássemos uma casa cada. Depois deste período, ela resolveu sair e eu continuei o negócio sozinho”, explica.

Caindo na rede

Depois de dez anos à frente da floricultura, Clóvis decidiu inovar. Ele conseguia muitas vendas por meio de catálogos impressos, que eram distribuídos em pizzarias e condomínios da região, mas esses materiais só lhe permitiam apresentar um número limitado de arranjos. Era o ano 2000, e ele apostou na internet para divulgar ainda mais o negócio. “Resolvi criar um catálogo online, para que as pessoas pudessem conhecer toda a nossa variedade. Alguns meses depois, transformamos isso em um site, e o número de pedidos que recebíamos começou a crescer”, lembra o empresário. 

Em 2004, o site foi aperfeiçoado e passou a fazer vendas online. Ao mesmo tempo, ele estabeleceu uma parceria com um banco para anunciar, nas faturas dos correntistas, descontos na compra de flores. Com isso, em poucos meses a quantidade de vendas pela internet explodiu.

Para dar conta da nova demanda, Clóvis resolveu separar a empresa física da virtual, cuja sede foi instalada em um galpão de 2000 m². “Hoje a empresa online emprega mais de 110 funcionários e representa 93% do nosso faturamento, que tem crescido na casa dos 30% ao ano”, acrescenta.

Desafios e perspectivas

Para Clóvis, um dos maiores desafios que surgiram ao abrir um negócio de venda de flores online foi saber como mandar um produto tão delicado para todo o Brasil. “Tive de aprender sozinho quais flores poderiam sobreviver armazenadas em uma caixa, e qual a melhor maneira de enviá-las, pois não havia ninguém em quem me espelhar”, recorda.

Hoje, a Giuliana Flores recebe cerca de mil pedidos por dia. A cada manhã, Clóvis chega na empresa perguntando aos seus funcionários sobre os erros cometidos no dia anterior, para aprender com eles e evitar que se repitam. “Nós trabalhamos com o sentimento das pessoas, e temos de agradar tanto quem compra as flores quanto quem as recebe. Atualmente somos a maior loja online de flores do Brasil, mas quero ser a maior de presentes, incorporando ao nosso catálogo vinhos, cervejas, semi joias. A concorrência é muito grande, não pode se acomodar”, finaliza.

Fonte: PrimaPagina
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