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Lide com a falta de água em negócios como um cabeleireiro

Salão no bairro do Jaçanã sofre cortes de duas a três vezes por semana desde o início de setembro

27 out 2014 - 08h00
(atualizado às 10h02)
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Donos de salões de beleza de São Paulo estão recorrendo até ao corte a seco para não perder clientes por conta da falta de água
Donos de salões de beleza de São Paulo estão recorrendo até ao corte a seco para não perder clientes por conta da falta de água
Foto: Ikonoklast Fotografie / Shutterstock

Desde o início de setembro, o salão Bless Cabeleireiros, localizado no bairro do Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo, vem sofrendo com a crise hídrica. Falta água no estabelecimento de duas a três vezes por semana, o que já provocou a perda de pelo menos cem clientes nos últimos dois meses. “Às vezes falta de manhã, às vezes, à tarde, não tem como prever. E em cada dia que as torneiras secam, deixamos de atender de 15 a 20 clientes”, conta o cabeleireiro Gustavo Loler.

Mesmo não enfrentando uma situação tão dramática, o salão Circus, na região central de São Paulo, também está sendo afetado pelas suspensões no fornecimento de água. Nos últimos dias, quem foi ao local para cortar o cabelo foi surpreendido ao ser informado de que os cortes mais simples estão sendo realizados a seco. A crise hídrica começou a afetar o atendimento na última semana, quando a pressão da água diminuiu consideravelmente. Com medo de que o recurso natural acabasse, o local desmarcou os clientes que haviam marcado sessões de coloração naquele dia, e começou a realizar cortes a seco.

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“Nós explicamos para os clientes que a falta de lavagem não vai afetar o corte, e a maioria deles entende. Porém, alguns que vêm se arrumar para sair à noite, insistem que querem lavar. Por enquanto ainda não tivemos um problema maior, mas temos medo de que falte no sábado, quando nosso movimento é muito grande”, esclarece Érica Torres, recepcionista do Circus.

Administrando as torneiras

Para não ter de recorrer ao corte a seco e nem fechar as portas, Wanderley Cardoso de Lima, proprietário do Cardoso & Lima Cabeleireiros, localizado no bairro de Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo, vem tentando administrar suas caixas d’água da maneira que pode. O local já sofreu corte de fornecimento quatro vezes apenas em outubro, mas graças às medidas de economia que adotou, ainda não teve o atendimento prejudicado.

“Deixamos de lavar o quintal e a frente do salão, agora só passamos pano úmido. Mas não temos como deixar de lavar os cabelos. Isso é essencial para os nossos clientes. Se fizermos isso, elas vão deixar de cortar com a gente”, argumenta Lima.

Fonte: PrimaPagina
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