Ex-motorista investe R$ 17 mil e fatura R$ 30 milhões anuais
Thiago de Oliveira apostou em mercado de documentos corporativos, com aplicativo de gestão das frotas, e conta como começou e superar as dificuldades
Há 12 anos, com um investimento inicial de R$ 17 mil, Thiago de Oliveira criou a IS Logística com objetivo de focar a sua atuação no transporte e logística de documentos corporativos, até então um serviço não explorado pelas empresas de transporte. O ex-motorista agregado enxergou nisso um negócio, já que transportar documentos junto com outros tipos de mercadorias, como eletrônicos, era um risco a ser corrido devido ao roubo de cargas, o que acarretaria também no extravio dos documentos. Deu certo. Hoje a empresa (IS Logística) está representada em 21 estados do Brasil, calculando cerca de 8 mil coletas e entregas realizadas por dia, e um faturamente anual de R$ 30 milhões.
“Meu primeiro emprego foi como Office-boy aos 19 anos. Depois, com 20 anos, trabalhei como motorista agregado em uma empresa de transporte, em São Paulo. Conheci o segmento e percebia algumas falhas da empresa. Sabia que se eles atuassem com apenas um tipo de serviço poderiam ter mais lucro e evitar sinistros. Foi quando tive a ideia de abrir uma empresa com foco no serviço de entrega e coleta de documentos corporativos”, conta Thiago.
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Com sede em São Paulo, a empresa também dispõe de uma área de 5.000 m² e uma frota própria com mais de 120 veículos leves - carros de passeio, vans e pequenos caminhões. "Conforme a carteira de clientes aumentava, mais a IS aperfeiçoava os serviços, principalmente em relação ao pós-venda e automatização dos processos. Nosso crescimento se deu assim: mais cliente, mais investimentos", conta Oliveira.
Os investimentos citados por Thiago incluem a criação de um aplicativo inovador para a gestão das frotas e automatização das entregas. O sistema de gestão pode ser baixado em qualquer dispositivo móvel e apresenta funções como controle online de toda a operação em campo, rastreabilidade dos objetos, relatórios de performance da equipe, confirmação de entrega e coleta dos malotes online, além de GPS de última geração integrado ao serviço, o que proporciona um mapeamento completo dos congestionamentos e rotas alternativas.
Mas até o topo, o empresário passou por momentos difíceis. “Em e 2007, tomei uma decisão muito difícil, que foi a de terminar a sociedade, pois tínhamos pensamentos diferentes. Sempre fui dinâmico e arrojado, queria apostar em novas tecnologias e, se eu quisesse levar meus planos adiante, sabia que seria sozinho. Reuni todos os colaboradores e disse que não desligaria nenhum deles, mesmo com a perda de 30% do faturamento. Manter todo o quadro de funcionário foi crucial”, ressalta.
Apesar das dificuldades, o momento serviu para unir sua equipe e mostrar que os funcionários tinham valor para a empresa. “Vivenciamos muitas dificuldades de caixa para honrar as folhas de pagamentos, tive que desfazer de bens pessoais para honrar a minha palavra, mas hoje agradeço a Deus porque com isso eu aprendi muito, alguns colaboradores viram que estavam trabalhando em uma empresa séria e isto tornou a empresa muito comprometida com a sua atividade”, finaliza Thiago.