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Confira nove etapas essenciais para montar uma franquia

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Começar a vida de empresário abrindo franquia traz a vantagem de estrear nos negócios com um uma estrutura pronta e associar-se a uma marca que já tem história no mercado. Mas os meandros dos negócios, as taxas, o grau de apoio, o relacionamento entre as partes varia muito. Assim, antes de juntar-se a uma das cerca de 2.500 franqueadoras do Brasil, é preciso estar atendo a alguns passos importantes.

Identificação com o setor e a marca

É importante avaliar se a empresa combina com o perfil do empreendedor. Portanto, um dos primeiros passos é olhar para si mesmo, analisar se as expectativas do franqueado correspondem à realidade da franquia.

A escolha do setor de atuação deve levar em conta o desejo do franqueado em trabalhar em determinada área, sua experiência profissional e a o investimento que está disposto a fazer. “A partir da decisão do ramo, o franqueado deve escolher três franquias dentro desse seguimento para comparar valores”, sugere a analista técnica Alessandra Simões, do Sebrae Minas Gerais.

Pesquisar

O candidato a franqueado deve se certificar de que tenha o perfil compatível com a franqueadora. Para isso, conversar com pessoas que já façam parte da rede é essencial. “É importante que o candidato veja se elas estão satisfeitas e se a realidade delas é o que ele está esperando”, diz Alessandra.

Ir direto à fonte em busca de informações é altamente recomendável. O candidato não deve temer fazer perguntar quando estiver em contato com a diretoria da franqueadora. “Antes de assinar o contrato, o candidato deve checar o histórico da empresa e visitar a sede para entender como ela funciona, conhecer os principais executivos, das principais áreas”, defende Filomena Garcia, sócia-diretora do grupo Cherto, consultoria de Franchising e da Frachise Store, showroom que comercializa franquias e presta assessoria a futuros franqueados.

Ser pesquisado

Não é só o empreendedor que pesquisa o franqueador. O inverso também ocorre. Portanto, prepare-se para participar de um processo seletivo e responder a uma bateria de perguntas. As marcas quase sempre traçam o perfil dos candidatos que almejam e vão avaliar a capacidade gerencial, o grau de motivação e capacidade da pessoa para tocar o negócio. “Em geral, a franqueadora procura no franqueado alguém com o perfil da empresa. Apesar de seguir as regras da matriz, a pessoa tem que ter um espírito empreendedor”, afirma Filomena.

Para a franqueadora também interessa que o franqueado esteja inserido nos ideias da empresa e cumpra o que foi estabelecido no contrato. “As franqueadoras sempre estão tentando se resguardar, já que a marca é o maior patrimônio”, resume Alessandra. Além da triagem por perfil, há a análise de documentos e da experiência profissional do candidato. A analista do Sebrae explica que algumas empresas preferem parceiros que tenham experiência no ramo pretendido, outras preferem treinar o candidato do zero.

Despesa inicial

Uma etapa incontornável é conferir se a franquia dos sonhos cabe no bolso. Existem franquias para inúmeros setores, e o investimento inicial requerido varia de R$ 10 mil (para algumas microfranquias) a mais de R$ 1 milhão. É necessário verificar quanto você disponível e quanto tempo vai levar para recuperar a dinheirama aportada – em geral varia de 24 a 36 meses, segundo Filomena. “É preciso calcular bem como será o fluxo de caixa, para ter tranquilidade no início da operação. Se você tem R$ 200 mil, o ideal é comprar uma franquia de R$ 100 mil ou R$ 150 mil. Assim, você tem o restante para se sustentar no resto do ano”, recomenda Alessandra. “Na compra da primeira franquia não é recomendável utilizar financiamento, porque você já vai correr um risco e não pode correr outro”, completa.

Numa franquia, há os gastos com aqueles itens inerentes a qualquer empresa: impostos, funcionários, contas de consumo (água, luz, telefone)... E há outros. As condições variam muito de empresa para empresa, mas frequentemente o franqueado tem que pagar uma taxa de adesão na assinatura do contrato e uma taxa de manutenção mensal (que compreende os gastos da matriz com royalties e publicidade). Geralmente, o contrato tem prazo mínimo de cinco anos e, ao renovar a parceria, o franqueado pode obter um desconto de até 50%. O valor da manutenção varia de acordo com o que é oferecido e vai de conserto das máquinas à atualização de softwares.

Parceria

Franquia não é exatamente a melhor área para quem pensa em virar dono do próprio negócio para finalmente colocar em prática toda sua criatividade. Tudo o que o franqueado quiser fazer com a sua unidade – inclusive vender, ampliar, reformar ou mudar de localização – tem de ser aprovado pelo franqueador.

Em contrapartida, via de regra a franqueadora tem um plano de negócios para fazer a filial decolar. “A loja do McDonald’s na rua X sabe quantos Big Macs tem que vender por dia, quantas pessoas têm que entrar na loja e quantas vendas têm que ser feitas”, afirma Alessandra.

Localização

As franqueadoras costumam fazer um estudo sobre a distância necessária entre as lojas. Há uma territorialidade que deve ser respeitada. Se ela determina que no centro da cidade, por exemplo, não há mercado para duas lojas, então oferece uma menor, um quiosque. Já para shoppings o esquema é outro. “É uma taxa de franqueado diferente do que se a loja funcionasse na rua. Dependendo do tipo de negócio, não vale a pena por conta do custo com reforma”, acredita a especialista do Sebrae.

Contrato

O franqueado deve analisar cuidadosamente o contrato para atestar que tudo o que foi combinado está lá. Para não haver prejuízo, o ideal é que o contrato dure mais do que o tempo médio de retorno do investimento.

Funcionários

A contratação dos funcionários fica a cargo do franqueado. Em alguns casos, o franqueador, é responsável pelo treinamento. O mais comum é que seja treinado só o dono do negócio. Há treinamento online, presencial e o chamado test drive, em que o franqueado passa pela matriz ou por outra filial para entender, na prática, como as coisas funcionam.

Manutenção

A manutenção periódica é feita pela franqueadora. Assim, acontecem vistorias com um consultor de campo, que vai às unidades franqueadas com uma check list para ver se o franqueado está cumprindo o que prometeu. A frequência é estipulada por contrato e o franqueado é avisado com antecedência sobre a visita sem que o dia exato seja especificado. Se houver algo errado, o consultor faz uma advertência. Caso o franqueado acumule três advertências no prazo estipulado – que pode ser seis meses ou um ano –, pode ser desligado da marca. Quando isso acontece, o franqueado tem que fechar tudo. “Naquele ponto ele não pode mais exercer aquela função. Se ele não fizer isso, são tomadas medidas judiciais”, diz a analista técnica do Sebrae.

Fonte: PrimaPagina
Fonte: Terra
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