Venda de salmão com substância cancerígena preocupa Europa
Após o escândalo da carne de cavalo não declarada que muitas empresas misturavam na carne bovina, uma nova denúncia atinge o setor alimentício europeu: segundo o Global Post, empresas de países como França, Dinamarca e Holanda compraram ao menos 200 toneladas de salmão sueco do Mar Báltico, mesmo após a comercialização do peixe ter sido proibida, em 2002, pela descoberta de grandes quantidades de dioxina.
A Agussoltold, empresa francesa que comprou 103 toneladas do salmão báltico entre 2011 e 2012. assegurou que "realizou os próprios testes de qualidade" que atestaram que o peixe não é tóxico.
"Ninguém nos falou que isso era ilegal", afirmou o CEO da companhia, Francois Agussoltold, à AFP.
Jan Sjoegre, chefe da Agência Nacional de Alimentos da Suécia, investiga pesqueiras do país que fornecem o peixe proibido. Segundo o acordo de 2002, assinado pela União Europeia, a comercialização do peixe apenas é permitida internamente na Suécia, Finlândia e Letônia, desde que em pequenas quantidades, consideradas seguras para consumo.
A dioxina geralmente está presente em produtos industriais. A substância pode causar câncer, infertilidade e problemas de desenvolvimento, entre outras consequências, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Segundo estudos, os efeitos podem atingir qualquer um que consumir salmão contaminado mais de uma vez por semana. No caso de crianças e bebês, mais vulneráveis, o limite é de duas ou três ingestões por ano.