Venda de material de construção tem pior resultado em 3 anos
O comércio varejista de material de construção registrou, em setembro, o pior resultado em três anos, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume de vendas do segmento cresceu 0,5% em comparação ao mesmo mês do ano passado, menor percentual desde outubro de 2009. O faturamento aumentou 2,47%, a menor variação também desde outubro de 2009.
O desempenho ficou abaixo do comércio varejista como um todo, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE: as vendas do setor tiveram expansão de 2,0% em relação a setembro de 2011 e a receita, de 3,6%.
Os números mais fracos do segmento de material de construção foram influenciados, segundo o IBGE, pela greve dos bancos no mês retrasado. Em nota divulgada na terça-feira, o instituto aponta que, com as instituições financeiras paralisadas, caiu o volume de financiamentos concedidos (outro segmento também afetado por isso foi o automotivo). Não por acaso, sem contar esses dois ramos, as vendas no varejo saltaram 8,5%.
Porém, este é o quinto mês seguido em que o volume de vendas de material de construção cresce menos que o varejo como um todo. Na receita, isso ocorreu pelo quarto mês consecutivo.
A trajetória do varejo de material de construção neste ano, como mostrada pela Pesquisa Mensal de Comércio, começou com forte expansão em janeiro (salto de 14% no volume de vendas e de 17% na receita, sempre em comparação com o mesmo período do ano anterior), bom desempenho em fevereiro e grande aceleração em março e abril. Desde então, o segmento perdeu um pouco de força, embora tenha apresentado alta em agosto. No acumulado do ano, o volume de vendas cresceu 7,69%, ante 7,83% do varejo como um todo.
A tendência dos últimos meses ajuda a explicar outro indicador divulgado pelo IBGE: o custo da construção, embora ainda em alta, está no menor ritmo desde 2009.
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