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Veja 3 grandes erros logísticos que prejudicam exportações

13 dez 2012 - 07h17
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Ao fechar negócio com o importador, é chegada a hora de o exportador dar início ao processo que vai levar uma mercadoria até outro país - o que envolve etapas de planejamento, produção, embalagem, armazenamento, transporte e embarque. É comum perceber equívocos durante um ou mais desses momentos, e o resultado é o aumento do valor do produto e a perda de competitividade. Conheça três grandes erros logísticos cometidos por exportadores e saiba como evitá-los.

Traçar rotas para transporte e conhecer as demandas da mercadoria estão entre os passos mais importantes da fase de planejamento
Traçar rotas para transporte e conhecer as demandas da mercadoria estão entre os passos mais importantes da fase de planejamento
Foto: Shutterstock

Falta de planejamento

O processo de exportação exige empenho de uma equipe qualificada, e um dos maiores problemas enfrentados desde a produção até a entrega do produto é a falta de planejamento. Para o professor dos cursos de Comércio Exterior e Logística da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) Leonardo Specorte Russi, muitas empresas designam profissionais da área financeira para cuidar de fechamento do contrato e trâmites posteriores. "Essa é uma escolha equivocada. Quem exporta precisa contar com um profissional capacitado para atuar nessa função", diz.

Compreender a complexidade do processo, traçar metas e prestar atenção às necessidades do importadores são essenciais nesse momento, que vai desde o início até o final do negócio. O professor da Univale cita o câmbio como armadilha para quem não está ligado ao mercado. "Estamos em um momento de dólar oscilante. Uma organização que atua sem assessoria eficaz pode correr o risco de fechar o câmbio no momento errado e acabar perdendo dinheiro", afirma. Uma vez que o planejamento define todos os passos seguintes, a dica de Russi é aproveitar o momento para conhecer as necessidades do cliente, além de traçar as melhores rotas e identificar o modal mais adequado para o transporte.

Escolha por modal e embalagem inadequados

Contratar uma opção de transporte inadequada pode arruinar um negócio. Por isso, é imprescindível estar ciente das características do produto antes de optar por uma modalidade. O modal marítimo é o preferido por quem trabalha com mercadorias não perecíveis e de baixo valor agregado em cargas de grande volume. Costuma ser mais lento do que outras alternativas, mas compensa pelo preço. O professor da Univali chama a atenção, no entanto, para a possibilidade de optar pelo modal rodoviário para pequenas cargas e em distâncias mais curtas. "A situação das estradas, que nem sempre é boa, não chega a ser tão onerosa. Nesse caso, se economiza tempo porque o produto sai da empresa do exportador e é entregue na mão do importador. Não existe espera no porto, por exemplo", explica.

Com fretes mais baratos, o ferroviário é ideal para transportar matérias-primas e manufaturados de baixo valor em longas distâncias. Quando a entrega é urgente e o produto tem alto valor agregado, a indicação costuma ser de frete aéreo. "No transporte aéreo, por exemplo, é comum carregar produtos mais leves. Como eles não correm tanto risco, não é necessário trabalhar com embalagens pesadas. Se é de menor valor agregado, não há motivo para fazer uma embalagem de madeira robusta, que é mais cara. Dá para colocar esse mesmo produto em caixa de papelão, que vai custar muito menos. É importante saber exatamente o que a mercadoria demanda", afirma Bassani.

Ignorar necessidade de adequações e licenças

Quem vende precisa conhecer as necessidades de seu comprador, saber o que ele busca e em qual contexto está inserido. Essa é a dica de Bassani, que recomenda fazer uma verificação quanto às demandas da parte de liberação aduaneira do país para o qual se está exportando. "Seja na América Latina, na Ásia ou no Oriente Médio, é preciso verificar se existem restrições à entrada desse produto", diz. O professor explica que essas restrições podem partir tanto da composição do produto, quanto da própria embalagem.

Há nações, por exemplo, que exigem autorização para entrada de armamento bélico. Também é comum haver exigências específicas para as embalagens, às quais o produtor deve se adequar. "Caso seja necessário, é dever do importador apresentar uma licença na hora da chegada do produto ao destino. Mas é interessante que o exportador conheça essa necessidade e oriente o importador a buscar essas autorizações", diz. Quando o produto fica retido, o prejuízo é do exportador, que perde tempo e dinheiro, além de correr o risco de ter um cliente insatisfeito.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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