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Veja 10 redes que falharam com franquias e evite seus erros

1 jun 2012 - 07h29
(atualizado às 14h58)
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Apesar de o franchising ser considerado "seguro", principalmente para os franqueados, decidir apostar nesse modelo de negócios não é sinônimo de sucesso garantido. Algumas redes, sobretudo internacionais, podem não conseguir o mesmo êxito no Brasil. Há também marcas nacionais que, por falta de perfil ou por problemas de gestão, não se saem bem no franchising, mesmo sendo empresas sólidas e reconhecidas.

A rede americana Arby’s de sanduíches de rosbife encerrou sua atuação no País há mais de 10 anos. Com unidades em São Paulo, a franquia não conseguiu concorrer com os principais players do mercado de fast food
A rede americana Arby’s de sanduíches de rosbife encerrou sua atuação no País há mais de 10 anos. Com unidades em São Paulo, a franquia não conseguiu concorrer com os principais players do mercado de fast food
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


Com a ajuda de Daniel Bernard, diretor geral da Netplan, consultoria especializada em franquias, e de Ana Vecchi, diretora da Vecchi&Ancona, consultoria especializada em varejo e industria, o

Terra

listou 10 franquias que cometeram erros ao franquear.



Arby's

A rede americana de sanduíches de rosbife encerrou sua atuação no País há mais de 10 anos. Com unidades em São Paulo, a franquia não conseguiu concorrer com os principais players do mercado de fast food.



Subway

Na década de 1990, o masterfranqueado responsável pela vinda do restaurante ao Brasil tinha experiência na área comercial, mas não no segmento de alimentação. Com a pretensão de abrir a "maior unidade do Subway do mundo", em São Paulo, a empreitada não deu certo, pois ia contra o modelo da rede, que era de unidades pequenas. Em 2002, a Subway Corporation trouxe novamente a rede para o Brasil, dessa vez respeitando o formato original. Hoje, a franquia possui 840 lojas no País.



KFC

Quando a rede operou pela primeira vez no Brasil, em meados da década de 1990, havia lojas grandes e o preço não era competitivo. Além disso, as pessoas não se sentiam motivadas a ir até o restaurante para comer algo que era visto como cotidiano. O retorno para o País veio no final dos anos 2000, já com outro grupo por trás, o BFFC. Desde então, a rede tem focado a sua atuação no Rio de Janeiro.



Radio Shack

Uma das maiores empresas de varejo de produtos eletrônicos dos Estados Unidos, não conseguiu êxito no Brasil. Segundo Daniel, o masterfranqueado, que não tinha experiência no ramo, aceitou iniciar a operação no País e não conseguir desenvolver com solidez a marca.



Blockbuster

O grupo Moreira Salles trouxe a rede para o Brasil, mas, para se adaptar as mudanças do próprio mercado de locação de vídeos, a operação foi incorporada pelas Lojas Americanas. Hoje, a Blockbuster funciona no modelo

store in store

e pela internet.



Madero

O restaurante com sede no Paraná segue se expandindo pelo modelo de franquias. A marca chegou a ter quatro unidades franqueadas, mas, "em função do estilo de liderança do dono", está preferindo ampliar sua rede por meio de unidades próprias. "O proprietário é muito zeloso e seleciona a dedo sua equipe, e sempre coordenou o trabalho da equipe de forma determinística. Porém, em uma rede de franchising, diversamente de uma rede composta por filials, você pode recomendar, mas não determinar", esclarece Daniel.



Livraria Siciliano

A falta de controle de estoque foi o que fez com que a marca decidisse abandonar as franquias. A existência de produto parado nas lojas era uma reclamação comum dos franqueados. A marca hoje faz parte do grupo Saraiva.



Pizza Hut

A rede não chegou a sair do País, mas, depois de fechar algumas unidades, teve de repensar seu posicionamento. A principal mudança está relacionada ao comportamento de consumo dos brasileiros - já que o foco era a venda de pizza no almoço, habito que não é compartilhado pela maior parte da população.



Kwik Kopy

A gingante americana das gráficas veio para o Brasil em meados 1990, mas fracassou. Na época, a concorrente AlphaGrafics era muito forte e reconhecida pelos consumidores. Segundo Ana, além da concorrência, o alto investimento necessário para a importação dos equipamentos fez com que a rede não obtivesse sucesso no País.



Pakalolo

A marca ditou tendência em moda casual por muitos anos, afirma Ana. E passou por várias mudanças de foco. Deixou de ser uma indústria para ir para o varejo e depois para as franquias. "Na tentativa de sobreviver, ela resolveu apostar em produtos mais populares. Não deu certo", explica. No fim dos anos 1990, saiu do mercado e voltou em 2005 como uma marca da Marisol S.A, sendo vendida em lojas multimarcas



Entenda mais sobre os erros cometidos

Os principais equívocos acontecem quando a organização não faz um estudo adequado de viabilidade, alertam os especialistas. "É preciso ter certeza de que o negócio tem perfil para ser franqueado e de quanto será o investimento necessário para garantir ganhos, tanto para os franqueados, quanto para o franqueador", explica Claudia Bittencourt, diretora geral do Grupo Bittencourt, especializado em franquias.



Além disso, é fundamental cuidar para que os produtos ou serviços se adéquem aos locais onde vão ser comercializados. Um exemplo são as redes de alimentação, que precisam fazer pequenos ajustes no cardápio conforme o local da unidade.



Os franqueados escolhidos são peças-chave para o sucesso de uma rede. "Mais do que a análise do capital, é preciso saber se os futuros franqueados têm afinidade com o negócio em questão", diz Claudia. O suporte que a rede dará aos franqueados também precisa ser definido logo no inicio da operação.

Fonte: Cross Content
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