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Suzano vê possível avanço nos preços do papel no Brasil e da celulose na China

27 abr 2016 - 12h47
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A Suzano espera mais um avanço nos preços médios do papel no mercado doméstico no segundo trimestre, a menos que haja uma mudança expressiva no cenário, enquanto na celulose os preços na China têm possibilidade de subida a partir de agora, afirmaram executivos nesta quarta-feira.

No caso do papel, a companhia disse que os aumentos de preços implementados parcialmente em fevereiro e parcialmente em março atingem sua totalidade em abril para os tipos cartão, offset e cut size.

O preço líquido médio do papel vendido no mercado interno foi de 3.012 reais a tonelada no primeiro trimestre, 5,6 por cento superior ao quarto trimestre de 2015 e 9,5 por cento acima ano a ano.

"A expectativa é constatar mais um avanço no preço médio no segundo trimestre, salvo se tiver uma mudança expressiva (no cenário)", disse o diretor executivo da unidade de negócios de papel e celulose da Suzano, Carlos Aníbal de Almeida Jr.

No segmento de celulose, o executivo disse que as vendas em abril estão ocorrendo dentro das expectativas em todas as regiões. Na China, a expectativa é fechar contratos um pouco acima da média histórica, uma vez que os preços da celulose de fibra curta se encontram em patamar baixo e clientes têm aproveitado para recompor estoques.

"Mantidas as condições atuais, os preços não têm como ir muito além (abaixo) de 470, 480 dólares na China no médio prazo", afirmou Aníbal.

Questionado se a empresa pretende anunciar um aumento de preços de celulose nos próximos dias, Aníbal disse que a Suzano está avaliando. O presidente da Suzano, Walter Schalka, afirmou acreditar em uma possibilidade de alta a partir de agora.

Mais cedo, a rival Fibria também disse ver tendência de alguma recuperação dos preços da celulose vendida na China, mas é incerto quando pode anunciar um aumento. A Eldorado Brasil, do grupo J&F, que tem na Ásia seu principal mercado, disse na semana passada esperar uma retomada a partir de junho.

Schalka disse ainda que caso a Suzano tenha um período mais benigno à frente, provavelmente será mais "benevolente" na questão dos dividendos e mais agressiva na política de redesenho da indústria -- sem considerar a possibilidade de um projeto "greenfield" (a partir do zero) no momento.

"Em relação a potenciais ações na questão de fusões e aquisições, não daremos uma divulgação antes, mas consideramos fundamental fazermos um redesenho da indústria que gere sustentabilidade de resultado", disse Schalka.

A empresa não fecha as portas para nenhuma alternativa, considerando tanto o segmento de papel quanto de celulose, dentro ou fora do país, em verticalização ou consolidação, disse o executivo.

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