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Senado adia votação do nome de Tombini para BC

7 dez 2010 - 18h53
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O Senado adiou para esta quarta-feira a votação sobre a indicação de Alexandre Tombini para substituir Henrique Meirelles na presidência do Banco Central (BC) a partir do ano que vem. Mais cedo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa, o nome de Tombini foi aprovado após passar por sabatina dos senadores. O substituto de Meirelles foi indicado por Dilma Rousseff ainda em novembro para compor a equipe econômica de seu governo.

Durante a sabatina, Tombini respondeu perguntas dos senadores sobre o momento econômico brasileiro e ressaltou qualidades e desafios da autoridade monetária para os próximos anos. Um dos principais objetivos do BC para a gestão a partir de 2011 será manter a inflação no centro da meta definida pelo governo, que é de 4,5% ao ano, podendo variar dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O sucessor de Henrique Meirelles afirmou, ainda, que Dilma garantiu autonomia "plena" ao BC para tomar medidas que mantenham a inflação dentro da meta. "Taxas elevadas de inflação têm efeitos nocivos sobre a economia e perversos sobre a renda da população, em particular sobre os segmentos de renda mais baixa. Por isso, a missão principal da política monetária é manter a inflação em nível baixo e estável", disse.

Para Tombini, o maior desafio da autoridade monetária para o ano que vem é aumentar a oferta de crédito, sobretudo para famílias de baixa renda. "Não só para financiamento do consumo, mas para financiamento habitacional e do investimento produtivo. Não hesitarei em adotar medidas que garantam o crescimento do crédito de forma sustentável", declarou.

Tombini afirmou que a inclusão financeira faz parte das prioridades da autoridade monetária e enumerou algumas medidas adotadas pelo BC nos últimos anos para alcançar esse objetivo. Um deles é o modelo de correspondente bancário, que permite o pagamento de contas em agências dos Correios, casas lotéricas e até em supermercados. "Inúmeras medidas já foram adotadas, como a regulamentação das tarifas bancárias em 2007 e das tarifas de cartão de crédito, adotadas há duas semanas", disse.

O sucessor de Henrique Meirelles no Banco Central elogiou o chamado tripé macroeconômico adotado pelo governo para conduzir a política econômica do País - câmbio flutuante, controle da inflação e responsabilidade fiscal. Tombini afirmou que vai apoiar a manutenção desta política nos próximos governos.

"Essa política foi rigorosamente testada da crise financeira de 2008. Foi ela que propiciou que o Brasil fosse um dos últimos países a sentir seus efeitos e um dos primeiros a recuperar a trajetória de crescimento econômico. O regime de câmbio flutuante tem cumprido bem o seu papel de absorver choques externos", afirmou.

Fonte: Invertia Invertia
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