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Santander estima queda na inadimplência no País no final do ano

ZONAS - América Latina

25 out 2012 - 15h11
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O Santander Brasil estima que os calotes de empréstimos atingiram pico no terceiro trimestre e trabalha com um cenário de recuo da inadimplência nos últimos três meses do ano, depois que viu seu lucro cair afetado por aumento deprovisões. O banco vê uma normalização da inadimplência nos próximos trimestres e estima crescimento de 12% ou 13% na carteira de crédito neste ano, afirmou o presidente-executivo da instituição, Marcial Portela Alvarez, nesta quinta-feira, a jornalistas.

Mais cedo, o Santander Brasil divulgou lucro líquido de R$ 1,5 bilhão para o terceiro trimestre, queda de 8,5% sobre o mesmo período de 2011, mas alta de 2,5% em relação ao segundo trimestre de 2012.

O índice de inadimplência em empréstimos vencidos há mais de 90 dias subiu 0,8 ponto percentual na comparação anual, para 5,1% de julho a setembro. Também aumentou sobre o segundo trimestre, quando estava em 4,9%.

O Santander Brasil foi o único dos três maiores bancos privados do País a ter aumento da inadimplência em base sequencial. Bradesco e Itaú Unibanco reportaram no começo desta semana que a inadimplência cedeu, nos dois bancos, em 0,1 ponto percentual do segundo para o terceiro trimestre.

Apesar da inadimplência maior, o Santander Brasil reduziu o volume de provisões para perdas com crédito para R$ 3,23 bilhões, ante R$ 3,81 bilhões no segundo trimestre, em meio a uma renegociação de empréstimos no trimestre passado que atingiu R$ 10,82 bilhões, contra R$ 6,6 bilhões no mesmo período de 2011.

Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, porém, houve alta de 29,7% no volume provisionado. "Vimos um nível de endividamento muito alto entre as famílias, mas essa situação já está começando a se reverter. Sentimos que a inadimplência vai cair", afirmou o presidente do Santander Brasil.

Crédito
A carteira de crédito do Santander Brasil fechou setembro em R$ 207,3 bilhões, crescendo 10,1% em 12 meses. Os empréstimos a pequenas e médias empresas tiveram a maior evolução no período, de 19,5%.

Empréstimos à pessoa física subiram 9,5% e a grandes empresas tiveram alta de 5,7% no período. A receita com prestação de serviços e tarifas no terceirotrimestre avançou 12,7%, a R$ 2,54 bilhões, enquanto as despesas gerais subiram 12%, a R$ 4 bilhões.

O presidente do banco afirmou que o setor bancário está muito focado em empréstimos e defendeu que o foco em serviços é que vai sustentar o lucro das instituições financeiras.

O Santander Brasil encerrou o trimestre passado com índice de eficiência de 45%, ante 45,9% no mesmo período de 2011 e 41,9% no segundo trimestre. Quanto menor o indicador, mais eficientes são os controles de custos de um banco.

O banco tinha em setembro ativos totais de R$ 442,788 bilhões, alta de 1,7% sobre o total apurado um ano antes.

Fonte: Reuters News
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