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Saiba por que o setor de serviços é o que mais cresce

2 ago 2012 - 09h13
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É comum as pessoas associarem desenvolvimento econômico e geração de empregos à atividade industrial - mas, na verdade, o grande impulso para o País, atualmente, vem dos serviços. O crescimento desse setor está ligado a dois fatores principais: a variedade de tipos de negócios que ele abrange e a necessidade de investimento inicial mais baixo, quando comparado a empresas que lidam com produtos.

Segundo pesquisa do Sebrae-SP, o segmento que mais cresce no setor de serviços é o de alimentação, composto por restaurantes, lanchonetes e bares. Esse nicho representa 19,4% do mercado, com crescimento anual de 3,3%
Segundo pesquisa do Sebrae-SP, o segmento que mais cresce no setor de serviços é o de alimentação, composto por restaurantes, lanchonetes e bares. Esse nicho representa 19,4% do mercado, com crescimento anual de 3,3%
Foto: Shutterstock / Especial para Terra


Dados da pesquisa Cenários 2020, divulgada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP) neste ano, revelam que em 2015, pela primeira vez, o setor de serviços deverá ultrapassar o comércio em número de micro e pequenas empresas. A expectativa é de que existam cerca de 800 mil MPEs a mais no Estado de São Paulo até 2020, resultado do crescimento de 2,8% ao ano para a indústria, 1,4% para o comércio e 6% para as companhias do setor de serviços.



"Mesmo com esse atrativo, o futuro empreendedor não deve se pautar apenas nisso para escolher o tipo de negócio que vai formatar. É essencial optar por algo que lhe dê prazer e que seja adequado a seu perfil", recomenda Batista Gigliotti, professor de pós-graduação da Fundação Getulio Vargas (FGV) e masterfranqueado da Sunbelt Business Brokers, rede que faz a intermediação de compra e venda de empresas.



Segundo a pesquisa, o segmento que mais cresce no setor de serviços é o de alimentação - composto por restaurantes, lanchonetes e bares. Esse nicho representa 19,4% do mercado, com aumento anual de 3,3%. Em segundo lugar estão os serviços de escritório e de apoio administrativo, do qual fazem parte 11,5% das empresas do setor, com 6,7% de crescimento médio anual. A taxa de crescimento se explica pela forte tendência de terceirização. Em terceiro lugar está a atividade de transporte terrestre de carga, com 9,2% de participação no número de MPEs e 4,8% de crescimento médio anual.



Batista também cita os serviços na área de tecnologia da informação, de saúde, de e-commerce e alguns especializados para os ramos de engenharia civil e manutenção como os que deverão ficar em evidência nos próximos anos.



Principais desafios do setor

Se por um lado o varejo exige um investimento inicial mais alto, o fluxo de caixa positivo é conseguido com mais rapidez. "Em uma empresa de serviços, isso só começa a acontecer por volta do 18° mês, enquanto que no comércio logo nos primeiros meses o caixa já fica positivo", afirma Batista.

A falta de clientes é o que explica tal situação. O professor conta que leva mais tempo para atrair e fidelizar consumidores nas prestadoras de serviços. "O varejo às vezes tem um tipo de compra mais passiva, em que o consumidor adquire o produto por conta da marca. Com o serviço, isso demora muito mais para acontecer", diz.

Mas, uma vez superada essa barreira, a empresa consegue crescer em uma velocidade maior do que a vista nos negócios do comércio. Por isso, investir em divulgação é fundamental. Batista recomenda que o empreendedor, por menor que seja a sua empresa, trace um plano que inclua ferramentas de comunicação eficientes para o seu negócio. Vale desde acionar a rede de contatos até manter páginas em redes sociais, exemplifica.

O crédito também não é conseguido com facilidade por empresas desse tipo. Isso porque as entidades bancárias preferem negócios que possuem ativos tangíveis, o que não é o caso de quem presta serviços.

Fonte: Cross Content
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