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Reforma bancária da Espanha decepciona investidores

ZONAS - América Latina

11 mai 2012 - 09h26
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A Espanha ordenou nesta sexta-feira que seus bancos aumentem significativamente os fundos destinados a cobrir as perdas de crédito imobiliário tóxicos e prometeu ajuda limitada do governo para credores com problemas na forma de empréstimos com juros altos. O risco-país da Espanha, medido pelo spread entre os títulos do governo alemão e os do governo espanhol, disparou durante o anúncio das medidas para 456 pontos e as ações caíram, indicando que os mercados não se convenceram com a mais recente tentativa de solucionar a crise bancária.

O governo de centro-direita também ordenou uma auditoria independente em empréstimos e ativos de todo o setor bancário, conforme a União Europeia havia pedido. Os bancos têm até o fim do ano para transferir ativos imobiliários para empresas de administração de ativos para uma venda rápida, disse o ministro da Economia Luis de Guindos em uma coletiva de imprensa para anunciar as novas medidas.

Os bancos deverão fazer provisões de 30 bilhões de euros (US$ 39 bilhões), além dos 54 bilhões de euros exigidos em fevereiro, de forma a cobrir tanto os empréstimos com boa performance quanto os ruins. Para os bancos incapazes de obter a quantia necessária, o governo irá fornecer créditos de cinco anos conversíveis em ações com uma taxa de juros duas vezes maior que a taxa que o governo paga por seus bônus equivalentes.

Os bancos com problemas na Espanha, que tem mais de 184 bilhões de euros em empréstimos e ativos complicados, estão no centro da crise da dívida da zona do euro pelos temores de um resgate massivo que pode levar as finanças públicas da Espanha a um ponto de quebra. De Guindos estimou que o Estado emprestará menos de 15 bilhões de euros no último dos quatro resgates bancários que a Espanha realizou nos últimos três anos.

O ministro esclareceu que o governo não está injetando dinheiro nos bancos, apenas emprestando, apesar dos bônus conversíveis implicarem que o governo poderá terminar com participações acionárias.

Fonte: Reuters News
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