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Recusa brasileira de jato da Boeing abala fabricantes nos EUA

21 dez 2013 - 13h04
(atualizado às 13h05)
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A decisão do Brasil de não comprar o jato de combate americano F/A-18 Super Hornet, e sim o projeto de seu rival sueco, atingiu nesta semana a cidade rural de Alton, no Missouri, onde a empresa familiar de Chet Sisco fabrica peças para aviões da Boeing há quase quatro décadas.

O Super Hornet, fornecido por vendedores de todo o Missouri, parecia prestes a obter o contrato de mais de US$ 4 bilhões do Brasil. Mas as revelações de que a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) espionou a presidente Dilma Rousseff ajudaram a matar o acordo no último minuto.

A recusa brasileira do Super Hornet e a perda de um grande contrato de F-15s com a Coreia do Sul no mês passado ameaçam as linhas de produção na área de St. Louis que empregam funcionários da Boeing, fornecedores e a qualidade do crédito do município.

Nos níveis de produção atuais, o Super Hornet sairia de linha em 2016, e os F-15 dois anos depois. A Boeing e seus fornecedores vinham contando com acordos militares no exterior para ampliar a vida dos dois aviões, mas as pressões orçamentárias estão atrasando os fechamentos de contrato em alguns mercados cruciais, além de reduzir compras nos Estados Unidos.

"Certamente estamos preocupados com o desfecho disso", declarou Chet Sisco, gerente-geral da Central Ozark Machine Inc., que emprega 25 pessoas e obtém cerca de 85% de seu trabalho fabricando peças de alumínio e titânio para Super Hornets e F-15s.

O Super Hornet, cujo maior cliente é a Marinha dos EUA, sustenta cerca de um terço dos 15 mil empregados da Boieng no Missouri. O avião e outros negócios da empresa fornecem cerca de um bilhão de dólares em encomendas anuais para quase 700 fornecedores no Missouri.

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