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Queda do PIB é justificada por incertezas, diz Fazenda

1 dez 2015 - 18h43
(atualizado às 18h44)
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Foto: Fotos Públicas

O desempenho negativo do o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – com 3 trimestres seguidos de quedas – é afetado “pela incerteza de natureza econômica e não econômica que persiste há vários meses no Brasil”, segundo comunicado do Ministério da Fazenda.

A atividade econômica brasileira encolheu 1,7% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, o PIB despencou 4,5%, no maior tombo na comparação anual desde 1996.

De acordo com o documento, o resultado também é decorrente de um processo natural de reequilíbrio pelo qual passa a economia brasileira em consequência da queda dos preços das commodities e do fraco nível da atividade econômica mundial, com a decorrente queda da confiança de empresas e consumidores. 

Investimentos e consumo em baixa

Segundo a Fazenda, a queda de 4% na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) no terceiro trimestre ante os três meses anteriores foi impactada pelos “efeitos diretos e indiretos da redução dos investimentos da Petrobras e situações específicas de alguns de seus fornecedores, notadamente na área da construção civil”.

Sobre a queda trimestral de 1,5% no consumo das famílias, o documento informa que o recuo é explicado, em boa parte, pela persistência da inflação em vários segmentos em meio ao “pouco dinamismo no mercado de trabalho”.

“O combate à inflação, inclusive no setor de serviços e com a convergência da variação do IPCA para a meta de 4,5% ao ano, permanece, portanto, central para a manutenção do poder de compra e recuperação da atividade econômica”, informa o comunicado. 

Gastos do governo sobem

Apesar de o gasto do governo ter sido praticamente o único item com crescimento (0,3%), a Fazenda destaca que o ajuste fiscal é “indispensável” para recuperar a confiança dos agentes econômicos e reduzir o risco de perda do grau de investimento por mais uma agência de classificação de risco.

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