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Procon notifica lojas por "maquiar" descontos no Black Friday

23 nov 2012 - 17h18
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A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor(Procon) notificou as empresas Extra (lojas física e virtual), Ponto Frio, Submarino, Americanas.com, Wal-Mart, Saraiva e Fast Shop, por indícios de maquiagem nos descontos, com base em denúncias que chegaram por meio de consumidores. As empresas têm até a próxima sexta-feira para responder sobre o assunto.

A empresa organizadora do evento também será notificada para que apresente explicações sobre problemas que o consumidor teve ao não conseguir o acesso em alguns links de ofertas e sites de lojas.

Após gerar polêmica nas redes sociais por causa dos "falsos descontos" oferecidos, a edição brasileira do Black Friday já registra casos em que as empresas retiraram do ar tais ofertas. O site agregador de descontos Busca Descontos afirmou já ter retirado cerca de 500 ofertas irreais que foram denunciadas pelos consumidores.

De acordo com a assessoria de imprensa do Busca Descontos, a empresa está contando com a colaboração dos consumidores para denunciar falsas ofertas - que passam por uma averiguação de uma equipe responsável em constatar a presença ou não de descontos reais."É lamentável que algumas lojas ainda insistam em fazer maquiagem de preço. Contamos com a ajuda dos consumidores nesse momento, para que denunciem as ofertas falsas", afirmou Pedro Eugênio, CEO do Busca Descontos.

O Black Friday foi importado dos Estados Unidos, onde o dia seguinte à Ação de Graças é de descontos no comércio varejista americano. No Brasil, é realizado desde 2010, sendo que neste ano os descontos chegam a 90%, de acordo com as empresas participantes.

Nesta sexta-feira, no entanto, muitos internautas amanheceram desapontados e irritados com as promoções oferecidas pelas lojas. No Twitter, a hashtag #BlackFriday entrou na lista dos assuntos mais comentados do dia, mas muitas críticas às promoções se destacaram em meio aos posts.

Procurada, a B2W, proprietária das marcas Submarinos, Americanas.com e Fast Shop informou que apresentou ao Procon a documentação solicitada no prazo concedido e afirmou que os preços praticados hoje são promocionais e os descontos oferecidos no Black Friday foram negociados especialmente para o evento. A Saraiva afirmou que "não pode se manifestar a respeito das supostas irregularidades apontadas pelo Procon em relação à promoção Black Friday, pois até o momento ainda não foi notificada oficialmente a respeito do assunto". A empresa ainda afirmou que "respeita os direitos de seus consumidores e que atende a legislação aplicável, repudiando qualquer afirmação em sentido contrário".

O vice presidente de e-commerce do Wal-Mart, Flavio Dias, disse que houve negociações com fornecedores desde março para garantir descontos especificamente para hoje. Dias disse que viu pela imprensa - a companhia não havia recebido comunicação até as 19h - a informação de que o Wal-Mart foi uma das empresas notificadas pelo Procon-SP por suposta "maquiagem" de descontos e que ficou "indignado" com o fato.

"Todo e qualquer produto tinha um desconto verdadeiro. Os preços desses itens tinha um desconto real em cima dos que foram praticados nos últimos meses", afirmou o executivo, que também disse que a central de clientes do Wal-Mart não registrou nenhuma reclamação de cliente falando a respeito de preços.

O Terra também entrou em contato com o Extra e Ponto Frio, mas até o momento não obteve retorno.

Brasileiros aproveitam o Black Friday e vão às compras
Brasileiros aproveitam o Black Friday e vão às compras
Foto: Edson Lopes Jr./Terra
Fonte: Terra
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