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Previ quer dobrar investimento em private equity em 3 anos

17 out 2013 - 10h55
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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), quer mais que dobrar seus investimentos em private equity nos próximos três anos, o que elevaria seu capital comprometido de R$ 1,8 bilhão para quase R$ 4 bilhões.

Com patrimônio de R$ 167 bilhões, o maior fundo de pensão do país pode superar este objetivo, segundo a gerente executiva de Investimentos Estratégicos, Fernanda Ossaille. "Nossa intenção é aumentar cada vez mais nosso percentual no segmento estruturado", disse em entrevista à Reuters.

Do montante de R$ 1,8 bilhão de capital comprometido pela Previ em fundos de participação, cerca de R$ 900 milhões já foram investidos. São aproximadamente 22 fundos com aportes em 100 empresas de vários setores.

A fundação está interessada em setores como infraestrutura, educação, saúde e varejo. Segundo Fernanda, os novos fundos no mercado tendem a combinar diferentes setores no mesmo portfólio. "Antes havia mais fundos setoriais específicos, mas agora os gestores escolhem três ou quatro setores e mesclam", disse.

O segmento de energia, especificamente, tem menor apelo para o Previ porque sua exposição a este setor já é satisfatória, segundo ela. Atualmente, parte dos fundos de participações em que a Previ investe está começando a entrar na fase de desinvestimento, com prazo restante de quatro anos para concluir a saída. Por isso, não há vendas de participação ou aberturas de capital à vista.

Comitê de investimentos

Assim como outras fundações de grande porte, a Previ considera entrar em fundos de private equity sem comitê de investimentos, diferente do padrão visto historicamente nesta indústria. Segundo Fernanda, a Previ está estudando cerca de cinco fundos com este modelo, e deve tomar uma decisão ainda neste ano, com efetivação no início do ano que vem.

"O fato de um fundo não ter um comitê de investimento não é mais uma barreira para nós", disse. Isso se deve ao grande porte dos investimentos da fundação neste setor, o que dificulta o acompanhamento de todos os comitês em que participa. Outro fator chave para a mudança, segundo Fernanda, é a maior maturidade da indústria de private equity brasileira, que já conta com gestores de alto nível e histórico de desempenho comprovado.

"Podemos escolher não apenas gestores que trabalham com a Previ, mas outros, inclusive alguns que já trabalham sem comitê atualmente", disse. Para adotar o novo modelo, a fundação pretende criar regras que permitam a destituição de gestores pouco eficazes e comitês de acompanhamento dos investimentos, como ocorre no exterior. "É totalmente viável que isso venha acontecer dentro de um período curto. Vemos isso com bons olhos."

A iniciativa é uma tendência no setor. Recentemente, a Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, afirmou à Reuters que estreia este modelo ainda este mês, com um fundo de R$ 1,5 bilhão da Caixa e do Banco Espírito Santo.

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