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Presidente do BB pagou multa para não se explicar à Receita

Aldemir Bendine pagou R$ 122 mil ao Fisco para não ser questionado sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e um apartamento pago em dinheiro em espécie em 2010

28 ago 2014 - 09h27
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<p>O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi autuado por não comprovar a procedência de cerca de R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda</p>
O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, foi autuado por não comprovar a procedência de cerca de R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda
Foto: Nacho Doce / Reuters

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal para não ser questionado sobre a evolução de seu patrimônio pessoal e um apartamento pago em dinheiro em espécie em 2010, de acordo com informações da Folha de S. Paulo.

Bendine foi autuado por não comprovar a procedência de cerca de R$ 280 mil informados em sua declaração de Imposto de Renda (IR). Para a Receita, o valor dos bens aumentos mais do que os rendimentos declarados poderiam justificar.

O dirigente tem por hábito manter dinheiro vivo em caso, de acordo com documentos obtidos pelo jornal. Em declaração ao Fisco, Bendine informou ter recursos em espécie quatro anos seguidos, de 2009 a 2012, no valor de pelo menos R$ 400 mil.

Em 2010, o jornal revelou que o executivo tinha comprado um apartamento em Sorocaba, no interior de São Paulo, pelo valor de R$ 150 mil pagos em espécie. Bendine também declarou ter deito obras no valor de R$ 50 mil no imóvel. Como justificativa, ele disse ao Fisco que possuía R$ 200 mil em dinheiro vivo em casa.

Em novembro de 2012, a Receita autuou o presidente do BB em R$ 151 mil, incluindo multa e juros. Ele não questionou a autuação e pagou à vista, com desconto, o valor de R$ 122.460.

Segundo Bendine, o auto de infração resultou de um erro em sua declaração à Receita. Mesmo assim, ele não retificou o documento.

Apesar de não ser crime guardar dinheiro em casa ou comprar imóveis com recursos em espécie, a Receita considera essas práticas como sinais de sonegação de tributos. O dinheiro que não passa pelo sistema bancário não pode ser detectado pelos controles do órgão.

Outro lado

Questionado pelo jornal sobre as inconsistências em suas declarações de Imposto de Renda, Bendine disse que isso mostra que seu sigilo fiscal foi quebrado e que tomará as devidas providências.

Ele disse que continuou informando valores em espécie nos anos seguintes por entender que seria a melhor forma de corrigir o erro de 2010. Porém, ele reconheceu que o correto teria sido retificar a declaração com os devidos valores.

Fonte: Terra
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