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Premiê grego nega saída do euro e pede que deixem Grécia em paz

7 mai 2011 - 16h11
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O primeiro-ministro grego, George Papandreou, negou neste sábado que haja qualquer discussão sobre a saída da Grécia da zona do euro e pediu que seu país seja "deixado em paz para terminar o seu trabalho."

Ministros das maiores economias do euro se reuniram na sexta-feira em Luxemburgo para discutir a crise da dívida da Grécia, mas Atenas e altos funcionários da UE negaram uma reportagem da revista alemã Spiegel Online afirmando que o governo grego havia levantado a hipótese de deixar de ser um dos 17 países membros da zona do euro.

"Esses relatos são criminosos," disse Papandreou em uma conferência na ilha jônica de Meganisi. "Essa possibilidade não foi discutida, nem mesmo durante nossos contatos extraoficiais... apelo a todos na Grécia e fora dela, especialmente na UE, que deixem a Grécia em paz para que ela possa fazer o seu trabalho.

Erkki Liikanen, membro do Conselho do Banco Central Europeu (BCE), negou os boatos de que a Grécia sairia da zona do euro e disse que reestruturar a sua dívida de 327 bilhões de euros (US$ 470 bilhões) deverá trazer uma solução permanente aos seus problemas. "Nenhum país da zona do euro quer deixar o euro," disse Liikanen, que também preside o Banco da Finlândia, numa entrevista à rede de TV nacional finlandesa Yle.

O ministro grego de finanças, George Papaconstantinou, participou das reuniões em Luxemburgo, segundo o Ministério de Finanças, acrescentando que a Grécia se mantém comprometida no sentido de corrigir seus problemas financeiros e retomar o crescimento econômico.

"Os mercados continuam com dúvidas, e marcamos os nossos próximos passos para 2012," disse Papaconstantinou aos repórteres no sábado, quando eles lhe perguntaram sobre o que havia sido discutido na reunião. "Nós (Grécia) buscaremos os mercados ou usaremos a recente decisão do Conselho da UE, que permite que o fundo europeu (EFSF) compre títulos gregos. A reunião foi sobre isso", completou.

Fontes próximas às negociações disseram no sábado que a reunião não tratou da possibilidade de adiar o reembolso dos empréstimos de emergência feitos à Grécia, ou de qualquer nova negociação dos termos da ajuda emergencial dada ao país.

O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, e Olli Rehn, comissário europeu para assuntos econômicos e monetários, também estiveram presentes às conversações em Luxemburgo.

Fonte: Invertia Invertia
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