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Preço da energia solar cai entre 15% e 20% ao ano

20 nov 2012 - 08h06
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Apesar de ainda ser uma modalidade de energia pouco difundida no Brasil, a energia solar vem ganhando competitividade nos últimos anos devido ao desenvolvimento da sua cadeia fornecedora. Segundo Sérgio Marques, presidente da Bioenergy, empresa que atua no segmento de energia limpa, o preço da energia solar cai 15% a 20% ao ano, em média, com o avanço da tecnologia. Recentemente, a Bioenergy recebeu outorga da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para gerir oito empreendimentos solares no País.

A energia solar ganha competitividade no Brasil por conta do desenvolvimento de sua cadeia fornecedora de suprimentos
A energia solar ganha competitividade no Brasil por conta do desenvolvimento de sua cadeia fornecedora de suprimentos
Foto: Getty Images


"Dizer que a energia solar será uma das mais baratas daqui a cinco anos não é nenhuma leviandade", afirma. Ele acredita que deve ocorrer um movimento similar ao que aconteceu com a energia eólica. Antes vista como uma energia "de boutique", passou a ser uma alternativa mais barata do que a energia hidrelétrica.



Segundo o empresário, a vantagem dos empreendimentos de energia eólica e solar é que eles podem ser implementados de acordo com o volume de produção. São "equipamentos de prateleira" produzidos em série, que podem ser instalados à medida que a demanda cresce. É uma lógica diferente da energia hidrelétrica e da nuclear, que têm projetos sob medida para determinada demanda.



A expansão do uso da energia solar e eólica gera maior demanda de pedidos para as indústrias fornecedoras dos equipamentos, promovendo aumento de escala e queda dos preços. É isso que vem ocorrendo, segundo o executivo. A Bioenergy compra equipamentos da fornecedora brasileira Solyes, que é uma integradora de painéis fotovoltaicos. Marques estima que cerca de 40% do conteúdo seja importado de várias regiões do mundo, como China, Alemanha e Estados Unidos.



Os investimentos da Bioenergy em energia solar serão realizados na Bahia. De acordo com Marques, a companhia está se antecipando ao crescimento desta modalidade de energia e procurando se posicionar em bons sites de produção.



No entanto, a tarifa da energia solar ainda é cara - R$ 250/MWh, enquanto a eólica custa R$ 130/MWh. Por isso, ainda é difícil competir no mercado livre. A expectativa da empresa é que o governo realize um leilão no mercado regulado, o que incentivaria este setor. Até o momento, no entanto, não há sinalização de que o leilão vá ocorrer. "Infelizmente ainda preferem a termoeletricidade e não incentivam a energia solar", conclui.



Economídia
Especial para o Terra
Fonte: Terra
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