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Popularização de tablets impulsiona mercado de aplicativos

30 out 2012 - 08h16
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O número de

No segundo trimestre deste ano, foram vendidos 606 mil tablets no Brasil, um crescimento de 275% em relação ao mesmo período do ano passado
No segundo trimestre deste ano, foram vendidos 606 mil tablets no Brasil, um crescimento de 275% em relação ao mesmo período do ano passado
Foto: Shutterstock
tablets

no Brasil deve chegar a 2,6 milhões no fim de 2012, segundo previsão da consultoria IDC Brasil. No segundo trimestre deste ano, foram vendidos 606 mil aparelhos, um crescimento de 275% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o mercado em expansão, surgem oportunidades de investimento também para os pequenos e médios empreendedores.



A Digital Pages foi uma das que lucrou com o boom dos

tablets

. Desde 2001, a empresa trabalha com a digitalização de conteúdo impresso. A chegada do iPad, em 2010, foi vista com otimismo para a empresa. "Hoje, somos muito mais procurados. Nos dois anos após o advento do

tablet

, percebemos um crescimento equivalente aos cinco anteriores", afirma Youssef Mourad, CEO da Digital Pages.



Segundo ele, a tendência é de que o mercado continue a crescer. "O que estamos vendo é ainda a pontinha do iceberg. Os

tablets

vão estar presentes na estratégia de quem oferece tanto conteúdo, quanto serviços", acredita ele.



Reinaldo Normand, da 2Mundos, empresa voltada a jogos sociais, concorda. "No mundo, a maioria das pessoas está substituindo o uso do PC pelo

tablet

. É um fenômeno de comportamento e uma tendência que parece irreversível", afirma ele. "No Brasil, o fenômeno vai se replicar, mas mais devagar, porque o acesso é mais difícil." Hoje, o País ocupa a 11ª posição no ranking mundial de consumo de

tablets

, segundo a IDC Brasil.



Para Youssef, o crescimento do mercado depende da popularização do produto - o que está relacionado à tabela de preços. Nesse cenário, os

tablets

com tela de 7 polegadas, como o iPad mini, anunciado em 23 de outubro pela Apple, podem ajudar. Segundo a GfK, empresa de pesquisa de mercado, 63% dos dispositivos vendidos no Brasil nos 12 meses até agosto deste ano tinham 7 polegadas.



Uso dos tablets

Além da digitalização de conteúdo, Reinaldo acredita que os desenvolvedores de aplicativos educativos têm cenário promissor. "A forma de se educar hoje está muito estática. Pela facilidade e pela mobilidade, vejo um futuro próximo em que todos os estudantes tenham um

tablet

", afirma. Para ele, há grande espaço para aplicativos interativos, como jogos. "Dá para fazer coisas diferentes. É uma reinvenção do ensino."



Segundo ele, não há uma restrição de segmento quanto ao desenvolvimento de aplicativos ou uso de

tablets

. "É questão de imaginação. Estão todos adotando o

tablet

hoje. Linhas aéreas, restaurantes, táxis, hospitais..."



Tecnologia

Youssef conta que houve uma reformulação da empresa com o advento dos

tablets

devido ao novo padrão tecnológico. Foram contratados novos funcionários que conhecessem os sistemas dos

tablets

- iOS, Android e Windows Mobile.



Embora seja necessário o conhecimento técnico, Reinaldo afirma que é possível desenvolver aplicativos com equipes de quatro a seis pessoas - são necessários um designer, um programador, alguém para assegurar a qualidade e uma pessoa para gerenciar o grupo. "Mas mais do que entender de tecnologia, é importante a criatividade para fazer algo diferente", diz.



Visibilidade

A distribuição dos programas foi facilitada pelos

tablets

, o que dá mais espaço para as pequenas empresas. Ainda assim, elas encontram dificuldades para ter visibilidade. Hoje, estão disponível 275 mil aplicativos específicos para iPad e a Microsoft espera ter 100 mil até o final do ano.



Segundo Reinaldo, há alguns meios de a empresa ter território para atuação. O primeiro seria criar um aplicativo que seja muito inovador ou útil. "É possível ser notado pelo público ou pela mídia e começar um boca a boca viral", afirma. Esse foi o caso do Instagram, vendido por U$ 1 bilhão para o Facebook. O segundo seria prestar serviços para outras empresas. O terceiro, firmar parceria com grandes companhias para distribuir o aplicativo já desenvolvido.

Fonte: Cross Content
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