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Petrobras pede a acionistas reajuste de 13% para diretores

O teto médio fixo proposto é de R$ 1,6 milhão por ano para cada um dos oito executivos

31 mar 2015 - 11h37
(atualizado às 15h45)
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A Petrobras pede que os acionistas aprovem na assembleia de 29 de abril um teto de remuneração 13% acima do que foi pago em 2014 para os executivos que administram a empresa, considerando a média por executivo. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com a publicação, a empresa quer ainda aumentar a proporção de salário fixo e reduzir a de remuneração variável, relacionada a resultados.

Levando em conta os oito diretores atuais, o teto médio fixo proposto é R$ 1,6 milhão para cada um por ano, 22,7% acima do R$ 1,3 milhão pago em 2014 e 9% acima do teto pedido no mesmo ano.

Graça Foster nega conhecimento de corrupção na Petrobras:

Segundo a Folha, o valor deste ano equivale a um salário médio mensal de R$ 123 mil. Em participação nos resultados a proposta é pagar, em média, R$ 92 mil, a cada um dos oito diretores, 64% abaixo de 2014.

A Petrobras comunicou que a proposta deste ano contempla a inflação de 8,09% prevista pelo Banco Central para este ano e que as remunerações variáveis foram reduzidas "preventivamente" por causa das incertezas do resultado de 2014.

A Folha destaca em sua reportagem que a Petrobas teve lucro de R$ 13,4 bilhões entre janeiro e setembro de 2014, valor 22% abaixo do que no mesmo período de 2013. A produção, por sua vez, cresceu 3% e a geração de caixa caiu 11%.

Entre 2013 e 2014, a Petrobras aumentou a remuneração total paga aos sete executivos que dirigiam a empresa em 18%. O salário fixo incluindo férias e 13º salário de todos os diretores foi 10,7% maior - de R$ 8,25 milhões passou para R$ 9,13 milhões.

De acordo com o jornal, o total pago aos então sete executivos subiu de R$ 13,1 milhões para R$ 15,4 milhões. Na média "cada um fez jus" a R$ 2,2 milhões em 2014, contra 1,87 milhões em 2013. Seis executivos deixaram a estatal - entre eles Graça Foster - há dois meses.

O maior acréscimo na remunerção, segundo a Folha, surgiu da participação nos resultados. De 2013 a 2014, a quantia paga aos executivos foi multiplicada por três, de R$ 606 mil para R$ 1,790 milhão. O bônus por desempenho foi de R$ 631 mil em 2013 e passou para R$ 315 mil em 2014.

Um conselheiro da Petrobras que pediu para não ter a identiddade revelada, contou que os valores relativos a bônus e participação nos resultados pagos em 2014 referem-se aos resultados de 2013, ano em que o lucro aumentou 11%.

A proposta para 2015 é de um teto 1,1% maior para a remuneração média de cada um dos diretores e 13% a mais do que foi de fato pago a cada executivo em 2014.

Fonte: Terra
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