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Pão de Açúcar prevê investimentos de R$1,8 bilhão em 2015

Nos nove primeiros meses do ano, a companhia viu a receita bruta da divisão alimentar subir 9,5% sobre igual etapa de 2013, a R$ 27 bilhões

9 dez 2014 - 18h53
(atualizado às 19h04)
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<p>Sem especificar o número de novas lojas estimadas para 2015, o presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, se limitou a dizer que as aberturas superarão as deste ano</p>
Sem especificar o número de novas lojas estimadas para 2015, o presidente do GPA, Ronaldo Iabrudi, se limitou a dizer que as aberturas superarão as deste ano
Foto: Nacho Doce / Reuters

O Grupo Pão de Açúcar, maior varejista do país que contempla marcas como Pão de Açúcar, Extra, Ponto Frio e Casas Bahia, manterá em 2015 o investimento anual de R$ 1,8 bilhão, cifra igual a que vem investindo desde 2013.

Além do aporte, a estratégia de fazer mais com menos deve continuar, vendo espaço para elevar a abertura de lojas diante de um cenário mais favorável para a negociação de aluguéis e terrenos.

Segundo o presidente-executivo da companhia, Ronaldo Iabrudi, a área de vendas total do grupo deverá crescer 6% em 2015, ante expansão de 5% prevista para este ano. Para isso, a previsão do grupo é de contratação de 20 mil funcionários no próximo ano, impulsionando o quadro da empresa que já é uma das maiores empregadoras privadas do país.

"Eu acho que tem cenário (macroeconômico) complexo, mas é uma oportunidade", afirmou o executivo, em conversa com jornalistas nesta terça-feira. "Concretamente, você vai ter mais disponibilidade de terreno, vai ter valor menor e vai ser mais ágil nas negociações", completou o executivo, afirmando que para aluguéis, a companhia está sentindo maior flexibilidade dos proprietários em relação aos preços inicialmente pedidos.

Sem especificar o número de novas lojas estimadas para 2015, o presidente do GPA se limitou a dizer que as aberturas superarão as deste ano.

Após ter inaugurado 96 lojas em todas as suas bandeiras nos nove primeiros meses de 2014, o grupo vai acelerar expressivamente o ritmo no último trimestre para chegar à cerca de 200 novos pontos no consolidado do ano.

Investimentos na 'prata da casa'

A gigante do varejo manterá no ano que vem a estratégia de investir em competitividade de preços na divisão alimentar, buscando ganhos de eficiência para preservar sua rentabilidade.

"Vamos continuar reduzindo despesas, vamos continuar trabalhando forte em sinergias, vamos continuar trabalhando forte para a companhia ter uma eficiência maior e vamos passar isso para a competitividade (de preços)", disse Iabrudi.

Com o plano, o GPA segue buscando otimizar processos internos para continuar crescendo e ganhando participação de mercado em um ambiente mais desanimador para o varejo no geral, com aumento dos juros e inflação ainda em alta.

Nos nove primeiros meses do ano, a companhia viu a receita bruta da divisão alimentar subir 9,5% sobre igual etapa de 2013, a R$ 27 bilhões. No mesmo período, as vendas nominais dos supermercados brasileiros avançaram em ritmo inferior, a 8,15%.

Futuro da empresa

Após um resultado considerado acima das expectativas durante a Black Friday, com alta demanda por produtos como uísque, televisores e smartphones, Iabrudi afirmou que a companhia está aguardando o fechado de dezembro para analisar se houve ou não no período antecipação das compras relacionadas ao Natal.

"A gente está tomando cuidado para falar de final de ano ... Estamos no começo do mês e a gente acha que tem ressaca natural, como teve no ano passado. Quem comprou muito na Black Friday não compra tanto (na primeira semana de dezembro)", disse.

Para o início de 2015, a companhia implementará um projeto piloto envolvendo quatro lojas da Via Varejo, que opera as bandeiras Pontofrio e Casas Bahia, para oferta da possibilidade de compra online e retirada em lojas físicas. O modelo já foi adotado em fase piloto no Extra, que fechará o ano oferecendo-o em 100 lojas em São Paulo.

"Quando você faz um 'click and collect' ... 60% dos clientes que vão retirar (o produto) não tinham ido à loja, e dos 60%, 50% acabam fazendo alguma compra (adicional)", disse Iabrudi.

"Então é muito bom para a Cnova (que opera os sites de e-commerce do grupo), mas é muito bom para o Extra, porque ele gera tráfego e acaba ensejando uma nova compra", finalizou.

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