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Panorama: mercados tomam fôlego após euforia de 5ª feira

28 out 2011 - 19h31
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<br/><br />A sexta-feira foi de ressaca nos principais mercados financeiros globais, que se ajustaram à euforia da véspera, motivada pelo acordo entre líderes europeus para debelar a crise de dívida no Velho Continente. No geral, bolsas de valores, commodities e moedas globais mostraram variações mais contidas, após registrarem forte valorização na quinta-feira. Mas os ativos brasileiros foram destaque positivo.<br /><br />O dólar caiu abaixo de R$ 1,70 pela primeira vez desde meados de setembro, caminhando para a maior queda mensal em mais de oito anos. Pela manhã, o Banco Central (BC) realizou o quarto leilão de swap cambial tradicional desde o mês passado, vendendo pouco mais metade do volume de 1,5 bilhão em contratos ofertados. <br /><br />Enquanto as bolsas americanas e europeias ficaram perto do zero, a Bovespa conseguiu fechar em terreno positivo, sustentada pelo salto de 3% nos papéis da Petrobras.<br /><br />Logo após o fechamento do mercado, uma fonte revelou à <i>Reuters</i> que a companhia vai elevar os preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias a partir da semana que vem, informação confirmada pela Petrobras posteriormente. <br /><br />Outros destaques positivos foram os papéis da Brasil Foods e da Hering, influenciados pelos resultados acima das expectativas no terceiro trimestre. Na outra ponta, Lojas Renner desabou mais de 7%, devido ao balanço pior que o esperado. <br /><br />No mercado de DI, a maioria das taxas registrou leve queda, ajustando-se à alta da véspera num dia de pausa no otimismo internacional.<br /><br />O mercado segue estimando que o BC cortará a Selic - hoje em 11,5% ao ano - em mais um ponto percentual até o primeiro trimestre de 2012. Para balizar ou modificar tal aposta, os agentes vão analisar mais números sobre a economia doméstica na próxima semana, incluindo a produção industrial de setembro e a inflação de outubro em São Paulo.<br /><br />Já na segunda-feira, serão conhecidos os números referentes às contas públicas de setembro. O relatório Focus do BC e a sondagem industrial da Fundação Getúlio Vargas (FGV) também estão na pauta.<br /><br />No exterior, as atenções ao longo da semana vão se voltar para as decisões de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e do Federal Reserve (FED, banco central americano).<br /><br />Há expectativas de que o BCE dê sinais de que possa reduzir a taxa básica de juros da região, devido à crise de dívida do bloco. No caso do FED, espera-se que o juro seja mantido entre zero e 0,25% ao ano, mas que o BC americano reconheça a melhora recente nos indicadores do país, o que deve reduzir esperanças de um novo "quantitative easing" e oferecer algum suporte ao dólar.

Fonte: Invertia Invertia
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