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Países de fora da Zona do Euro são mais baratos para turista

20 nov 2012 - 07h41
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Os turistas que voltam seus olhos para a Europa anseiam por conhecer as paisagens de postais e quadros que ornamentam as salas de esperas de muitos consultórios. Paris, Londres, Roma e Milão estão na lista das cidades mais procuradas por quem deseja conhecer o velho continente. Porém, para quem quer poupar dinheiro, talvez estes não sejam os melhores destinos.

Países que estão passando fortemente pela crise, como Espanha e Portugal, estão mais baratos para turistas
Países que estão passando fortemente pela crise, como Espanha e Portugal, estão mais baratos para turistas
Foto: Getty Images


Entre os países não pertencentes à Zona do Euro, os do Leste Europeu apresentam os custos mais baixos para turistas. "Eles são historicamente mais baratos, porque são destinos menos visitados, não têm tanto fluxo", explica o diretor financeiro e administrativo da Uneworld Viagens e Turismo, Fabian Saraiva. Ele afirma, entretanto, que os pacotes em si não são mais baratos, porém os gastos com refeições, passeios opcionais e compras podem ser menores do que em países que adotaram a moeda única.



O sócio-proprietário da agência de viagens RZ Turismo, Ronald Zancan, esteve na Europa recentemente e pôde observar as diferenças de preços. "Em Praga, vimos quão mais barato é viajar fora da Zona do Euro. A viagem ficou consideravelmente mais econômica", afirma. Os valores da hospedagem e da alimentação foram os que mais chamaram a atenção de Zancan. "Eu fazia uma refeição bem legal com 200 coroas, isso daria mais ou menos R$ 10", relembra. A moeda em circulação na República Tcheca é significativamente desvalorizada diante do real: R$ 1 equivale atualmente a 9,79 coroas tchecas.



O gerente comercial da agência de viagem Europatravel, de São Paulo, Vitor Sutil, afirma que outro destino mais acessível economicamente é a Rússia, já que a moeda também está desvalorizada com relação ao câmbio brasileiro. R$ 1 vale 15,48 rublos russos. Sutil diz que um pacote para conhecer quatro cidades do país, incluindo Moscou e São Petersburgo, custa cerca de US$ 1,6 mil.



Saraiva, entretanto, acredita que não é tanto a taxa cambial que importa no momento de comparar os custos de viagem entre países que adotaram ou não o euro, mas a situação financeira de cada um. "Não é uma questão da moeda, mas sim no que está impactando. Eu posso dizer que hoje Portugal e Espanha estão mais baratos", afirma Saraiva sobre as baixas de preços em países que passam por um forte crise financeira. Em sua viagem pelo continente europeu, o diretor financeiro e administrativo da Uneworld observou que o mesmo produto diverge de preço dentro da União Europeia, devido à situação econômica e ao poder aquisitivo da população.



Isso mostra que nem todos os países fora da Zona do Euro são mais baratos do que os onde a moeda circula. A Suíça, por exemplo, tem um custo de vida muito elevado, o que torna o turismo no país muito caro. Países da Escandinávia que não adotaram o euro, como Dinamarca, Suécia e Noruega, também não são destinos baratos para os viajantes. "Historicamente, eles sempre foram caros", explica Saraiva.



Ao contrário de Sutil, Saraiva percebe que as cidades turísticas da Rússia, como Moscou e São Petersburgo, têm custos elevados devido ao grande aumento de procura: "Eu acho que até na Rússia se gasta mais para viver no dia a dia como turista do que na Alemanha ou na França". Além disso, não há voos diretos para muito destes destinos, e a necessidade de escalas encarece a passagem. Saraiva observa que, por isso, viagens para países com custos de vida mais baixos, como os do Leste Europeu, podem sair pelo mesmo preço ou até por mais que uma viagem para cidades da Zona do Euro.



Crise financeira tornou turismo mais barato na Europa

A crise econômica que atingiu com mais força Espanha, Portugal, Itália e Grécia tornou alguns valores mais acessíveis aos turistas. Saraiva afirma que destinos mais visitados - como Roma, Milão e Veneza - ainda mantêm preços elevados para hospedagem e alimentação. Mas isso somente nos pontos turísticos. Nos lugares frequentados pela população nativa, os restaurantes, por exemplo, estão mais baratos do que antes da crise. Já Sutil afirma que, atualmente, Espanha e Portugal são os países mais baratos para fazer turismo. "Com 2 mil euros se faz uma bela viagem, incluindo pacote e dinheiro para gastar lá", diz o gerente comercial da Europatravel.



Não são apenas os países da Zona do Euro que sofrem com a crise. O Reino Unido também passa por um período grave de recessão, o que, segundo Saraiva, baixou os custos turísticos. "Ele não é mais aquele destino exorbitantemente caro como era no início dos anos 2000. Ficou mais acessível". Entretanto, comparado a outras regiões procuradas nas agências, Sutil afirma que o Reino Unido ainda é um dos mais caros. "A Inglaterra tem a taxa de embarque mais cara do mundo. O pacote é em torno de 15% mais caro do que ir para Itália ou França".

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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