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Pais já devem falar com crianças sobre finanças aos 5 anos

1 mai 2012 - 09h20
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Criar os filhos nesse mundo de consumo desenfreado é um desafio. São roupas com marcas do momento, tecnologia de ponta com celulares e todo o custo que uma vida de adolescente exige para que a vida social fique intacta. É preciso introduzir a educação financeira o mais cedo possível na vida da criança. Quanto antes ela entender a importância do dinheiro, maiores são as chances de ela ter uma vida financeira saudável quando for adulto.

Até 10 anos, o mais indicado é trabalhar a semanada, dar R$ 1 por ano de idade - se a criança tem sete anos, ganhará R$ 7 por semana
Até 10 anos, o mais indicado é trabalhar a semanada, dar R$ 1 por ano de idade - se a criança tem sete anos, ganhará R$ 7 por semana
Foto: Shutterstock / Terra

Mas como falar de dinheiro com uma criança? Parece que as duas coisas não se encaixam. Segundo o professor de educação financeira da BM&FBOVESPA, José Alberto Netto Filho, é possível dar os primeiros passos nessa direção quando a criança tem cinco anos. Nesse momento, o mais indicado é trabalhar a semanada, dar R$ 1 por ano de idade - se a criança tem sete anos, ganhará R$ 7 por semana. "Procure falar sempre que o dinheiro não vem do papai, o dinheiro vem do trabalho", ressalta.

Mas é preciso tomar cuidado e deixar a criança escolher o que quer comprar. É bom lembrar que ela ainda não tem noção espacial e temporal. "Os pais não podem falar para uma criança de cinco anos guardar o dinheiro no cofrinho para economizar e comprar um carro no futuro, o objetivo está longe e ela vai ficar frustrada, o seu tempo é imediato e o dinheiro serve para balas e figurinhas", afirma o professor.

Para os mais crescidinhos

A partir dos 11 anos o cenário pode mudar. A semanada vira mesada e o valor aumenta para R$ 8 para cada ano de idade. É importante explicar porque é importante ele ter mesada e o valor do dinheiro. Nesta fase, a criança começa a virar adolescente, inicia o processo de ruptura com os pais e de fortalecimento dos relacionamentos com os amigos. Com isso, começam os passeios no shopping, as compras e os gastos aumentam.

A partir daí, os pais começam a ver como o filho lida com o dinheiro. Se ele gastar toda a mesada antes do mês acabar e pedir mais dinheiro, é a hora de o diálogo entrar em cena de forma mais contundente - saber com que ele gastou, quanto ele pagou, se ele precisava daquilo. Essas conversas constantes sobre dinheiro farão com que a criança seja um adulto com uma vida financeira saudável e equilibrada. "Os filhos precisam ter uma boa relação com o dinheiro, saber que não precisa economizar sempre, o dinheiro está aqui para nos dar prazer também, basta fazer isso com consciência".

Dinheiro não é prêmio

Outro ponto de atenção que o professor alerta é evitar o hábito de usar o dinheiro como prêmio. Aumentar a mesada se for bem na escola ou se se comportar melhor em casa, por exemplo. "Essa prática gera uma distorção de valores, a criança passa a fazer as coisas quando um prêmio estiver em jogo".

Para quem quer ir mais a fundo no assunto

BM&FBOVESPA tem iniciativas voltadas para o público infantil. O Turma da Bolsa, por exemplo, tem vídeos educativos que estimulam o aprendizado dos conceitos básicos de educação financeira para crianças de 7 a 10 anos - disponíveis no site www.turmadabolsa.com.br.

Outra opção são os cursos de finanças pessoais, da série Educar. O Educar Junior (11 a 14 anos) e o Educar Teen (15 a 18 anos).

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Especial para o Terra

Fonte: Terra
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