PUBLICIDADE

Pessoa Fisica

Investimentos tradicionais: conheça a melhor opção para você

19 jun 2013 - 07h09
(atualizado em 8/10/2013 às 13h00)
Compartilhar
Exibir comentários

Para quem resolve começar a preparar seu pé de meia não faltam opções. Tão tradicionais como guardar dinheiro embaixo do colchão, mas bem mais rentáveis, previdência privada, poupança e investimento em imóveis são algumas das formas mais comuns de investimento. Mas o que deve ser levado em conta ao fazer a escolha? Para o professor do Departamento de Economia da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) Alexandre Nicolella deve-se sempre fazer as contas considerando taxas, impostos e rentabilidade, observando o período de tempo em que esse dinheiro ficará investido.

Escolha da melhor aplicação deve considerar as taxas, os impostos e a rentabilidade de cada um, além do período de tempo do investimento
Escolha da melhor aplicação deve considerar as taxas, os impostos e a rentabilidade de cada um, além do período de tempo do investimento
Foto: Shutterstock

De acordo com o especialista, cada uma destas alternativas de aplicação de renda tem vantagens e desvantagens. “De modo geral, a poupança é a mais segura. Já o investimento em imóveis é o que mais vale a pena a longo prazo, mas é mais arriscado em comparação à previdência privada”, explica. Para facilitar a escolha pelo investimento mais vantajoso, a dica de Nicolella é montar um portifólio conforme o perfil, distribuindo entre alternativas seguras e de baixa rentabilidade e outras mais arriscados, de alto retorno.

Boa e velha poupança

Em relação a taxas, a poupança é a que garante um investimento mais barato e seguro, pois nesta modalidade não há incidência de taxas de administração, carregamento ou imposto de renda. De acordo com o Banco Central, os depósitos em caderneta de poupança superaram os saques em R$ 5,625 bilhões em maio - no ano, a captação líquida já soma R$ 18,822 bilhões. Uma poupança pode ser aberta por qualquer pessoa em uma agência bancária, e o dinheiro aplicado pode ser retirado a qualquer momento. Já a quantidade mínima necessária para iniciar o investimento varia de banco para banco.

O rendimento da poupança é mensal, atualizado sempre na data de abertura. Para poupanças abertas agora, sempre que a Selic (taxa básica de juros) estiver em 8,5% ou menos ao ano, a poupança rende 70% da Selic, mais a Taxa Referencial (TR, calculada e divulgada diariamente pelo BCB). Já para os depósitos feitos antes de 3 de maio do ano passado, quando mudou a regra, o rendimento é de 0,5% ao mês, mais a variação da TR.

Previdência privada

Já os fundos de previdência atingem taxas maiores, mas Nicolella alerta que podem ser mais arriscados, dependendo do perfil escolhido. Para previdência privada pode haver incidência de taxas de administração, carregamento e IR, que são variáveis. Ao investir em um plano de previdência privada, pode-se optar por duas modalidades, que diferem principalmente na tributação: o Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL) e o Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL). Nos dois planos, há o período de investimento, que é quando ainda se está gerando renda, e o de benefício, que começa a partir da idade escolhida para receber os frutos do que foi investido no período anterior.

O PGBL é mais vantajoso para quem faz a declaração de IR pelo formulário e é tributado direto na fonte, pois neste plano é possível deduzir o valor das contribuições de sua base de cálculo do IR, com limite de 12% da renda bruta anual - o que permite uma redução do valor do imposto ou aumentar a restituição do IR. Já no VGBL, a tributação acontece apenas sobre o ganho de capital. Por este motivo, é mais indicado para quem faz declaração simplicada ou não é tributado na fonte, como é o caso de trabalhadores autônomos, ou para quem deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta em previdência.

Investimento em imóveis

Comparado aos outros modos de aplicação de renda, o investimento em imóveis é o mais arriscado. O professor da FEA-RP explica que os imóveis podem atingir taxas de valorização muito altas, mas também podem ficar estagnados ou até decair. Além disso, devem ser consideradas ainda as taxas e os impostos. “Mesmo que os imóveis não estejam alugados, é preciso pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e o condomínio - caso seja um apartamento”, lembra Nicolella. Além destas taxas, há ainda outra desvantagem, o custo da depreciação do imóvel, calculado de acordo com sua expectativa de vida útil. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade