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Pessoa Fisica

Em cinco anos, número de milionários no mundo deve dobrar

11 dez 2013 - 07h17
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Hoje eles são mais de 31,5 milhões no mundo - 0,7% da população que detém mais de 40% da riqueza mundial; em 2018, deverão somar 47,5 milhões. Enquanto os milionários do planeta crescem, o número de brasileiros que têm na conta pelo menos US$ 1 milhão caiu de 2012 para cá e hoje eles são 221 mil. Os dados são do Global Wealth Report, divulgado pelo banco Credit Suisse. 

Apesar da ligeira queda no Brasil, a tendência por aqui é de alta: em cinco anos, os milionários brasileiros deverão totalizar 407 mil, quase o dobro. Junto do Brasil, a Polônia tem alta expectativa quanto aos novos milionários: de hoje até 2018, eles devem passar de 45 mil para 85 mil. 

A gestação desses milionários está atrelada às condições econômicas do país, afirma o professor do Instituto de Economia da Unicamp, Francisco Lopreato. Embora seja esperado um crescimento de 89% no número de milionários na Polônia em cinco anos, uma das hipóteses do país ter ainda um baixo número de milionários, segundo o professor, é a herança da Polônia soviética. “Eles viviam uma condição de socialismo, era inviável o surgimento de milionários”, explica. A expectativa é que cresça os investimentos e a oportunidade de negócios no país. “Com isso, eles trazem consigo os donos, os responsáveis pelo processo e o número de milionários tende a aumentar” resume. 

O país ainda não aderiu ao euro. A moeda da Polônia é o zloty. Para se ter uma ideia, um zloty equivale a aproximadamente R$ 1,30. De acordo com o site de turismo do governo polonês, uma água de um litro e meio pode custar entre dois e três zloty, o equivalente a R$ 2,50.

Mais números

Argentina, Japão, Rússia, África do Sul e Egito também perderam milionários no último ano. A maior variação dentro do grupo de países selecionados pelo banco para o estudo, foi observada no país asiático: em um ano, o número de japoneses com pelo menos US$ 1 milhão (cerca de 102.380.000 ienes) caiu de quase 4 milhões em 2012 para pouco mais de 2 milhões e meio. Em 1991, o Japão enfrentou um colapso e os bancos tiveram que gerir a crise na época. “Houve uma queda na taxa de economia e desde então a ela não se recuperou de uma forma consistente. Em geral, durante 20 anos a taxa de crescimento foi bastante baixa, em torno de 0 a 1%”, afirma. Para o professor, a fraqueza da economia japonesa pode estar relacionada a queda de milionários. O governo japonês tomou uma iniciativa de expansão de gasto com o objetivo de gerar uma inflação de 2%. “Essa expansão monetária e de gasto público é para tentar dar um maior dinamismo da economia”, explica.

Na Argentina, a queda foi menor: de 32 mil para 27 mil no mesmo período. Na moeda dos hermanos, US$ 1 milhão equivale a cerca de 6.198.700 pesos argentinos.

Aumento de milionários 

No mundo todo, o número de milionários aumentou 1,8 milhões. Desse total, os Estados Unidos correspondem sozinhos a 1,7 milhões de novos membros do seleto grupo. Já na Europa, os países que se destacam são a França (com 287 mil novos milionários), Alemanha (com 221 mil), Itália (com 127 mil), Espanha (com 47 mil) e Bélgica (com 38 mil).

Nos Estados Unidos, o número atual de milionários é de 13,2 milhões. A estimativa para 2018 é que esse número atinja a marca de 18,6 milhões, uma alta de 41%. Já na França, país europeu com o maior número de milionários (2,2 milhões) estima-se que 3,2 milhões de franceses sejam milionários, o que significa uma variação de 46%. 

O Reino Unido possui, atualmente, 1,5 milhões de milionários. Em 2018, estima-se que o número de milionários no país seja maior que 2,3 milhões, apontando uma variação de 55%. Na Alemanha, em 2013, o número de milionários é de 1,7 milhões. Em 2018, o número estimado é de 2,5 milhões, um aumento de 46%. Na Ásia, mais especificamente na Coréia do Sul, atualmente há 251 mil milionários. Em 2018, a estimativa é de que esse número ultrapasse 445 mil. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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