PUBLICIDADE

Pessoa Fisica

Comprar em datas comemorativas impulsiona a economia do País

22 mai 2013 - 07h05
(atualizado às 07h05)
Compartilhar
Exibir comentários

Quer ajudar a economia do País? Então, compre. Se você acha que está sem motivo, aproveite as datas comemorativas distribuídas pelo calendário. Além do aspecto religioso e cultural, elas têm uma grande importância no setor econômico do País. Para se ter uma ideia, o faturamento na época das compras de Natal, data mais importante para o comércio brasileiro, representou 3,2% de todo o rendimento comercial em 2012. “O faturamento médio nessa época chega a dobrar em determinadas atividades, como o vestuário”, afirma o economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Fábio Bentes.

O setor de vestuário é o mais beneficiado com essas datas
O setor de vestuário é o mais beneficiado com essas datas
Foto: Shutterstock

Impulsionadas pela nossa cultura consumista, as datas comemorativas são fundamentais para que o comércio seja aquecido, garantindo, assim, o giro da economia. Natal, Dia das Mães, Dia das Crianças e Dia dos Pais são as quatro datas mais importantes do varejo nacional. Somadas, chegaram à marca de quase R$ 30 bilhões no faturamento do ano passado - e R$ 24 bilhões provenientes apenas do Natal. Segundo o economista, os ramos mais beneficiados nesses períodos são o de vestuários e o alimentício.

Ano de ascensão do comércio brasileiro, 2010 teve um crescimento de 11% no setor. As vendas no Dia das Mães, por exemplo, cresceram 10,3% nesse período. Já no Natal subiram 13,3%, percentual maior do que o no setor varejista. Segundo o especialista, o ano serviu para aquecer a economia do País. “Não movimentou apenas o setor de vendas, mas também o de empregos. Mais de 11 mil pessoas foram contratadas, temporariamente, para o Dia das Mães em 2010”, diz.

Esse crescimento no setor, que se estendeu até 2012, foi puxado pelo comércio de bens duráveis, como carros e eletrodomésticos. Isso se deu graças a políticas do Governo Federal de redução de taxas, como a do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI). Bentes afirma que, sem a diminuição, esperava-se um crescimento do comércio brasileiro dois pontos percentuais menor - de 8,4% para 6,4%.

Segundo dados divulgados pela CNC, o comércio, responsável por 11% do PIB nacional, terá uma desaceleração em 2013. A instituição planeja crescer apenas 5% este ano, menos da metade se comparado com o valor de 2010. Espera-se, também, um crescimento de 5,8% nas vendas do Dia das Mães. Isso se dá pela alta da inflação, que hoje é de 6,5%, e da inadimplência dos consumidores. “Se o preço sobe, o consumidor não tem muita escolha, a não ser deixar de comprar. Além disso, as pessoas estão com o orçamento mais curto. Esses fatores seguram o consumo”, explica Bentes. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade