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Pessoa Fisica

Cartão pré-pago: saiba declarar ao Leão o crédito que sobra

Ano a ano, cresce o volume de dinheiro gasto por brasileiros no exterior usando esta modalidade de crédito

5 jul 2013 - 07h06
(atualizado às 07h06)
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O melhor a fazer com o dinheiro que sobra no cartão pré-pago é guardar para a próxima viagem
O melhor a fazer com o dinheiro que sobra no cartão pré-pago é guardar para a próxima viagem
Foto: Shutterstock

A cada ano, cresce o número de brasileiros que viaja para fora do País nas férias. E os seus gastos também. Segundo indicadores da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), o valor total de compras feitas com cartões de crédito em outros países foi de R$ 24 bilhões em 2012, o que representa 13,4% mais que em 2011). O uso dos cartões pré-pagos também cresceu. E as diferenças entre os dois tipos de cartão não ficam restritas aos impostos - por isso, atenção ao declarar para a Receita Federal.

Ao contrário do cartão tradicional, que não entra na declaração, o pré-pago deve ser informado no Imposto de Renda. Contador e professor no Departamento de Ciências Contábeis e Atuariais da Universidade de Brasília (UnB), Olavo Pereira Gomes explica que o saldo do cartão pré-pago em dólar ou outra moeda pode ser declarado como moeda estrangeira mantida em espécie. “Não existe uma norma específica que trata disso na Receita Federal. Mas o saldo entra na Declaração de Bens e Direitos, descrito como saldo de crédito decorrente de cartão de crédito pré-pago correspondente ao número de unidades da moeda estrangeira”, afirma.

De acordo com Gomes, não há um valor mínimo para a declaração. “Mas como é moeda estrangeira, a orientação é declarar”. Para isso, ele recomenda que seja feita a conversão para reais da quantidade de moeda declarada vezes a cotação do dólar fiscal do dia 31 de dezembro do ano em que será declarado.

“Os cartões pré-pagos representam 50% do total de operações em câmbio feitas pela Confidence. A outra metade é venda de moedas em espécie”, adianta Paulo Volpe, vice-presidente de Marketing do Grupo Confidence. Além de possibilitar adquirir moeda estrangeira aos poucos, o cartão de crédito pré-pago é uma boa opção para os turistas que não querem sofrer com as oscilações no câmbio, nem ter uma surpresa desagradável ao deparar com a fatura do banco na volta das férias.

Segundo o vice-presidente da Confidence, por ser um pré-pago, ele não sofre com as variações na cotação de moeda, comuns nas faturas dos cartões de crédito, que chegam sempre depois da viagem. “É uma escolha mais econômica também, porque o usuário paga somente 0,38% de IOF, em comparação a 6,38% do cartão de crédito”, aponta.

“O crédito que sobra, quando sobra, é muito pequeno. Se o cliente for um viajante frequente, o melhor é guardar para a próxima viagem. Caso não seja, ele tem opções: fazer o câmbio novamente e pegar o valor em reais ou consumir no Brasil pagando a taxa de conversão, que é de 5%”, recomenda Volpe. Outra opção é deixar o saldo restante para efetuar compras pela internet em sites do exterior.

Assim como os cartões tradicionais, os pré-pagos também têm data de validade. Mas após o vencimento do cartão, o eventual saldo remanescente poderá ser reivindicado à casa de câmbio, ou transferido para o novo cartão. Ambas as operações estarão sujeitas a eventuais tarifas cobradas pelo agente.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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