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Pessoa Fisica

Bovespa recua em 8,27% no ano; e Dow Jones valoriza 10,86%

31 mai 2013 - 07h02
(atualizado às 07h02)
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O ano não está sendo bom para investidores do mercado de ações brasileiro. Enquanto a maioria das Bolsas internacionais passa por uma fase de otimismo, o Ibovespa, principal indicador do País, enfrenta uma onda negativa. De janeiro para cá, a Bovespa caiu quase 11 mil pontos – de 63,3 mil para 52,5 mil, tornando-se o “lanterna” no ranking das principais entidades mundiais do tipo.

Ações da Petrobras empurram os índices da Bovespa para baixo
Ações da Petrobras empurram os índices da Bovespa para baixo
Foto: Shutterstock

O que implicou no fraco desempenho da Bolsa, entre outros fatores, foi a forma de governo imposta pela presidente Dilma Rousseff. Para tentar conter a inflação, o poder público interviu nos principais índices da Bolsa. “As indústrias de energia elétrica, por exemplo, sofreram grandes perdas depois que o governo passou a mexer nesse setor. Isso, junto com uma alta taxa de inflação, assusta os investidores”, afirma o analista gráfico da corretora XP Investimentos Lauro Vilares.

Como resultado de um governo intervencionista, o que impede o crescimento da Bolsa brasileira, os investidores estrangeiros se vêem obrigados a colocar dinheiro em outros lugares, de acordo com o especialista. “O investidor estrangeiro não aprova essas mudanças governamentais. Prefere mercados mais seguros”, explica Vilares. Essa redução no número de investidores fez com que a Bovespa recuasse 8,27% neste ano, contra um crescimento de 10,86% da Dow Jones, bolsa de valores dos Estados Unidos.

Entre as formas de investimento mais confiáveis, o analista indica as ações do setor de consumo, como a Ambev e a Souza Cruz. “É preciso evitar as ações do tipo commodities, como a Vale e a Petrobras, que estão puxando o Ibovespa para baixo. O setor de consumo não é muito influenciado pelas medidas do governo”, diz.

Nos próximos meses, no entanto, a perspectiva é de que os índices continuem nos mesmos níveis já obtidos este ano. ”No momento, estamos mais perto do suporte do que da resistência. Portanto, enquanto estivermos dentro desse patamar, não teremos uma movimentação mais forte - nem para cima, nem para baixo”. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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