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Para sua viagem

Três moedas diferentes cruzam os trilhos da Transiberiana

20 mar 2013 - 07h17
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Uma viagem de trem que sai de Moscou, passa pela Sibéria e pela Mongólia até chegar a Pequim. A Ferrovia Transiberiana, uma das maiores do mundo, é o sonho de muitos turistas curiosos e viajantes aventureiros. Mas é preciso atenção na hora de planejar o orçamento, os três países têm cada um a sua moeda. Da Agência de Turismo Tchayka, especializada em viagens pela Rússia, Sérgio Delduque tem uma série de dicas para quem vai se aventurar pela Ásia. “A moeda russa e o mongol (rublos na Rússia; e tugrik na Mongólia) não são comprados no Brasil, é preciso adquirí-los quando se chega ao país. Não recomendo trocar muito dinheiro na Mongólia, porque a viagem lá é curta e é difícil trocar a moeda novamente depois", afirma.

Uma das principais ferrovias do mundo, a Transiberiana tem como função principal ligar a Rússia à China
Uma das principais ferrovias do mundo, a Transiberiana tem como função principal ligar a Rússia à China
Foto: Christopher Meder, Shutterstock

O professor de Economia Internacional da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) José Osvaldo Coninck explica que tanto a Rússia quanto a China fazem parte dos países que mais cresceram nos últimos anos, ao lado do Brasil e da Índia. A China, particularmente, tem se sobressaído na economia mundial como a segunda maior economia do mundo, atrás apenas dos EUA. No entanto, é preciso uma análise cuidadosa, segundo Coninck, o gigante asiático mantém uma economia externa com um câmbio que desvaloriza sua moeda de forma proposital, o que incentiva exportações e desincentiva importações, melhorando assim a economia nacional.

Em relação à Mongólia, Coninck analisa que a proximidade geográfica com a China deve favorecer também seu desenvolvimento. A crise de 2008 atingiu esses países, mas eles se recuperaram rapidamente. Tanto a Rússia quanto a China têm grandes mercados consumidores, o que incentiva a economia. “Essa ferrovia (a Transiberiana) de certa forma tem o objetivo de interligar esses dois países (Rússia e China)”, observa o professor de Economia. Os 9.289 quilômetros foram construídos de 1891 a 1913, e se alguém decide viajar por ela sem parar, são necessários sete dias para completar a viagem. Mas o recomendado é visitar as principais cidades por onde ela passa. “Montar uma viagem pela Transiberiana é como montar um quebra-cabeça”, explica Delduque.

Normalmente, o roteiro começa por Moscou, uma das cidades mais importantes e conhecidas do mundo, berço de revoluções e eventos que mudaram a história, como a Revolução Bolchevique. Depois de embarcar na estação da capital russa, o trem segue viagem pela inóspita Sibéria, onde as temperaturas mais altas no verão atingem 20°C. Uma das maiores maravilhas dessa região é o Lago Baikal, o mais profundo da Terra. Esse espelho de água cristalina armazena 20% da água doce do planeta.

Quando chega na cidade de Ulan Ude a Ferrovia Transiberiana se divide em duas, uma rota segue pela Sibéria até a cidade de Vladisvostok, no extremo leste da Rússia, e a outra passa pela Mongólia para chegar até Pequim. A segunda rota é a mais procurada pelos viajantes que querem conhecer o máximo de países e culturas diferentes possíveis. Até por isso, Delduque acredita que a viagem Transiberiana é uma espécie de cruzeiro sobre trilhos.

Ainda de acordo com o agente de viagens, o recomendável é que, durante a preparação, o turista leve algum tipo de cartão pré-pago (por o imposto cobrado é 6% menor que os de cartões de crédito, sobre o qual incede IOF) e euros em espécie. “É melhor levar euros do que dólares porque o câmbio tende a ser melhor”, explica. Além disso, a moeda também é bem aceita nos três países por onde passa a legendária ferrovia.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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