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Terrorismo e violência: saiba 7 destinos a evitar no turismo

13 mai 2013 - 07h08
(atualizado em 15/5/2013 às 09h29)
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Casos recentes de violência a turistas, como o estupro de uma norte-americana em frente ao namorado francês no Rio de Janeiro e a agressão coletiva a uma visitante suíça na Índia, levantam dúvidas sobre a segurança em destinos turísticos. Pensando nisso, são elaborados mapas de violência com alertas para que as pessoas evitem visitar determinadas nações. O governo norte-americano, por exemplo, tem atualmente restrições para 36 países.

Com a exceção de Egito e Quênia, que estão na lista provisoriamente, todas as outras 34 nações que compõem a listagem estão ali de forma definitiva, sob critérios como ações terroristas, guerras ou alta criminalidade. Já o Canadá, partindo de critérios semelhantes, aconselha seus cidadãos a evitarem 24 destinos.

A maior parte dos países designados como “perigosos” está na África ou no Oriente Médio. Pelo mapa dos canadenses, a única nação no continente africano onde é possível se tomar precauções normais de segurança é Botswana. Em todos os outros países do continente, deve-se ter, no mínimo, “alto nível de atenção”. O Brasil aparece na lista dos EUA como um destino passível de “precauções comuns”; já o Canadá diz ser aconselhável manter um nível elevado de atenção quando em visita ao País.

É recomendado a qualquer viajante que, antes de toda nova jornada, procure informações socioeconômicas e políticas sobre o país de destino, evitando, dessa forma, surpresas desagradáveis na chegada. Confira alguns países considerados “lugares a se evitar”.

Afeganistão

Disputado por Estados Unidos e União Soviética na década de 1980, afetado por uma guerra civil nos anos 1990 e invadido pelos norte-americanos no início dos anos 2000, na chamada Guerra ao Terror, o Afeganistão foi considerado o país mais perigoso do mundo pela revista Forbes em 2010. Atualmente, visitar o país ainda é arriscado: o governo dos EUA alerta os viajantes que nenhuma região do país oriental pode ser considerada livre de ameaças. O Canadá chama atenção também ao alto risco de sequestros.

Apesar das guerras e conflitos, o Afeganistão vem tentando reerguer sua economia, que aos poucos dá sinais de melhora: segundo relatório anual da Central Intelligence Agency (CIA), agência de inteligência norte-americana, o PIB afegão subiu 11% em 2012, depois de ter crescido 5,8% e 8,4%, em 2011 e em 2010, respectivamente, e hoje registra US$ 33,55 bilhões. O PIB per capita é de US$ 1 mil, o 11º pior do mundo da lista de 229 países da CIA. A moeda oficial do Afeganistão é o afegane e, segundo o Banco Mundial, US$ 1 corresponde a 50,92 unidades da moeda.

Chade

O governo dos Estados Unidos alerta para os riscos de se viajar para o leste do Chade e para todas as regiões fronteiriças do país. A fronteira ao leste é com o Sudão, e os conflitos na região estão entrelaçados com o genocídio de Darfur. O Canadá também aconselha seus cidadãos a não visitarem o local, pois a segurança no país é instável e poderia se deteriorar rapidamente.

Pobre e com a economia baseada na agricultura, o Chade se fortalece pelos investimentos externos em petróleo - o país começou a exportar o produto em 2004. Sob essas premissas, tem se testemunhado um bom nível de crescimento econômico. Nos últimos três anos, a alta média do PIB foi de 7,36%. Ainda assim, o PIB do Chade (US$ 21,34 bilhões) é o 129º colocado no relatório da CIA; já o PIB per capita é o 194º e corresponde a US$ 2 mil.

A moeda oficial do país é o franco CFA, dinheiro utilizado em outros 13 países africanos, 11 deles antigas possessões francesas (Camarões, Costa do Marfim, Burkina Faso, Gabão, Benim, Congo, Mali, República Centro-Africana, Togo, Níger e Senegal), uma antiga colônia portuguesa (Guiné-Bissau) e uma antiga colônia espanhola (Guiné Equatorial). Na conversão, pelo Banco Mundial, US$ 1 vale 510,53 francos CFA.

Irã

Alegando um clima hostil contra norte-americanos e citando casos de perseguição das autoridades policiais contra seus cidadãos, os Estados Unidos aconselham as pessoas a pensarem bem nos riscos da viagem antes de embarcar para o Irã. Os canadenses seguem linha semelhante, alertando ainda que as condições de ajuda diplomática no país do Oriente Médio são limitadas.

A crise na relação entre Irã e Ocidente se agravou em 1979, com a Revolução Iraniana que instalou uma república islâmica no país. Os EUA foram acusados de apoiar o xá Mohammad Reza Pahlavi, que governava o Irã desde 1941. Atualmente, Mahmoud Ahmadinejad é o presidente do país e não mantém boas relações com os ocidentais, em especial devido ao programa nuclear iraniano, que gera controvérsias e já causou sanções por parte do Conselho de Segurança da ONU.

Com a economia baseada na indústria petroquímica, a Revolução Islâmica teve um forte impacto negativo nas contas do Irã, já que ela reduziu quase a zero os investimentos estrangeiros no país. A situação foi agravada entre 1980 e 1988, durante a guerra contra o Iraque. A valorização do petróleo nos anos 2000 colaborou para uma recuperação econômica do país. O PIB em 2012 foi de US$ 997,4 bilhões, o 18º maior do mundo. O PIB per capita, porém, foi apenas o 101º maior, de US$ 13,1 mil. A moeda oficial do país é o rial iraniano. Na conversão do Banco Mundial, US$ 1 equivale a 12.175,55 unidades do dinheiro do Irã.

Iraque

Em 2003, sob o pretexto de estar produzindo armas de destruição em massa, o Iraque foi invadido pelos Estados Unidos. Dez anos passados e mais de 100 mil civis mortos, de acordo com dados da organização Iraq Body Count, o conflito prossegue. Nenhuma arma de destruição em massa foi encontrada no país até então. Em decorrência do conflito, o governo norte-americano aconselha sua população a evitar viagens desnecessárias ao Iraque. Os canadenses também chamam atenção às regiões de Dahuk, Erbil e Sulaymaniyah, que estão sob o controle do Governo Regional do Curdistão.

A invasão norte-americana e sanções econômicas decorrentes da guerra comprometeram o andamento da economia iraquiana na última década. Porém, dono da segunda maior reserva de petróleo do mundo (perde para a Arábia Saudita), o Iraque vem se recuperando, ainda que aos poucos. Em 2012, o PIB cresceu 10,2%, segundo o relatório anual da CIA, alcançando o montante de US$ 155,4 bilhões. A moeda do país é o dinar iraquiano, e 1.166,17 dinares correspondem a US$ 1.

Mali

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), Mali apresentava melhoras sociais e políticas na última década, mas um golpe de estado em março de 2012 deixou a situação de segurança volátil, com grupos armados controlando as três regiões mais ao norte do país (Kidal, Gao e Timbuktu). Os conflitos geraram movimentos populacionais internos e êxodo para o exterior.

Mali é o 175º colocado entre 187 países avaliados pelo Índice de Desenvolvimento Humano e tem, segundo a ONU, 69% da população vivendo abaixo da linha de pobreza. O governo canadense aconselha as pessoas a não visitarem o país devido a instabilidade política e disputas militares, além da ameaça de terrorismo, banditismo e sequestros no norte do Mali. A moeda utilizada é o franco CFA. O PIB do Mali, de acordo com a CIA, é  de US$ 17,35 bilhões (137º colocado), já o PIB per capita é o 16º pior do mundo (US$ 1,1 mil).

Níger

O aviso norte-americano aos seus cidadãos que insistirem em visitar o país é para que tomem cuidados extremos devido ao conflito militar no país vizinho Mali e à permanente ameaça de sequestro a ocidentais no Níger. O Canadá faz um alerta especial para a maior cidade do país, Niamey, devido à criminalidade e aos riscos de sequestro.

Com recorrentes conturbações sociais e políticas ao longo dos anos, a situação econômica do país é preocupante. Mesmo apresentando a terceira maior alta no mundo em 2012 (14,5%), o PIB de US$ 13,53 bilhões é o 144º na lista de 229 países da CIA. Já o PIB per capita (US$ 900) está entre os 10 piores, na posição 220. Pobre, as ações do governo do Níger são fortemente dependentes de ajuda externa, em especial do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional. A moeda oficial no Níger é o franco CFA.

Sudão

Confrontos nas regiões fronteiriças do Sudão afetaram severamente 480 mil pessoas, de acordo com as Nações Unidas. A região de Darfur, a oeste, é digna de atenção especial: o conflito, caracterizado como genocídio, se estende desde 2003, quando dois movimentos rebeldes atacaram instalações militares do governo em luta contra a marginalização política e econômica de Darfur.

O contragolpe dos militares foi contra grupos étnicos que deram apoio aos rebeldes. Segundo a organização Save Darfur, as perdas de civis foram imensas e mais de 400 vilarejos foram completamente destruídos, forçando milhões a abandonar suas casas. A luta continua e hoje conta com o acréscimo de milícias independentes que se aproveitam da desordem no país e agravam a situação caótica da região.

A economia sudanesa é pobre. O PIB do país em 2012 era de US$ 51,58 bilhões e apresentou uma queda de 11,2% em relação a 2011. O PIB per capita (US$ 2,4 mil) é o 46º pior do mundo. Os números são do relatório anual agência de inteligência norte-americana. A moeda do Sudão é a libra sudanesa, que substituiu em 2007 o dinar sudanês. US$ 1 corresponde a 3,57 libras sudanesas, segundo o Banco Mundial.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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