Setor de viagem corporativa cresce 13% no primeiro semestre
Nos primeiro seis meses de 2013, o setor de viagens corporativas teve um crescimento geral de 13% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo a Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas (Abracorp). Os dados revelam que os executivos estão viajando mais, especialmente para o exterior, e começando a ficar mais atentos em relação ao custo de idas a outras cidades.
Na aviação nacional, a Gol perdeu o posto de companhia aérea preferida dos executivos para a TAM, que agora detém 40,34% desse mercado, contra 35,54% da concorrente. Mesmo assim, houve uma retração de 5,81% na oferta de assentos entre todas as empresas. A demanda seguiu praticamente estagnada e cresceu apenas 0,09%. Presidente da Abracor, Edmar Bull atribui os números a um otimismo excessivo das organizações do setor - acreditavam no aquecimento do mercado, o que não ocorreu, e tiveram de se readequar.
Quando o assunto são as viagens corporativas internacionais, porém, os números são alentadores. Com mais opções para destinos como Ásia e Oriente Médio, o setor passou por uma expansão de 18% em relação a 2012. Para Edmar, isto é prova de que o Brasil é uma referência mundial em negócios. “As pessoas no exterior veem nosso país como um local próspero, até porque sediaremos a Copa e a Olimpíada nos próximos anos. Empresas estrangeiras querem negociar com brasileiros, que são obrigados a viajar, daí o setor cresce”, explica.
Entre os hotéis, houve crescimento de 19% no mercado nacional e de 41% no exterior. Ainda que as viagens corporativas passem por um bom momento, os executivos parecem estar mais preocupados com o valor gasto. “Há uma percepção de que é preciso realizar uma gestão das despesas, aplicar com bom senso os recursos em viagens”, afirma o presidente da Abracorp.
Prova disso é o aumento de 23% verificado no setor de aluguel de veículos no País, que tem uma motivação simples. “Para um executivo, muitas vezes é mais barato alugar um carro do que ficar se deslocando de táxi por uma grande cidade brasileira, daí essa opção e o consequente crescimento da área. É sempre uma questão de planejamento estratégico”, garante.
Para o segundo semestre, os resultados esperados são ainda melhores. No período, as empresas têm, geralmente, um número maior de despesas para pagar, o que as leva a procurarem ainda mais ampliar as relações e os negócios. “E daí só há um jeito: viajar”, completa Bull.
Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
