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Para sua viagem

Procura por hotéis de luxo ganha força entre os brasileiros

22 mai 2013 - 07h11
(atualizado às 07h11)
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Conforto, boa localização e praticidade aos poucos deixam de ser os fatores mais importantes na hora de escolher um local para se hospedar. Há uma nicho de turistas optando por lugares diferenciados, onde não vão apenas dormir, mas também vivenciar o ambiente. Os hotéis de luxo - aliados ao chamado turismo de luxo - começam a ganhar espaço nos roteiros de viagem dos brasileiros. E suas redes já perceberam que esse é um público no qual vale a pena investir.

Antigo palácio e convento histórico vira hotel sofisticado em Cusco, no Peru
Antigo palácio e convento histórico vira hotel sofisticado em Cusco, no Peru
Foto: Orient Express, Divulgação

A hospedagem desse tipo se destaca pela arquitetura e pela história dos prédios em que abrigam os quartos. Em Cusco, no Peru, por exemplo, o viajante que chega se depara com um palácio e um convento histórico da cidade. Transformado em hotel pela Orient Express, o Palácio Nazarenas atrai os olhos curiosos daqueles que buscam atrações turísticas da recepção para dentro do estabelecimento.

Antes de sua inauguração, em 2012, o prédio foi restaurado sob a orientação de oito arqueólogos e hoje tem 55 suítes. Em maio, o preço da diária variava entre U$ 550 e US$ 885, dependendo da acomodação. "Seu maior diferencial reside em diversos fatos históricos, relíquias e resquícios seculares e o belo trabalho de restauração da arquitetura, assim como a integração da tecnologia aplicada aos serviços, como o oxigênio nos quartos, por conta da altitude da cidade", explica a relações públicas da Orient-Express no Brasil, Érika Alexandra Balbino. Ela afirma que a proposta do hotel é reforçar a inserção cultural do hóspede no Peru na própria acomodação.

Na cidade de Lugano, na Suíça, também se encontra em meio a uma antiga estrutura, um luxuoso hotel. O Grand Hotel Villa Castagnola está localizado em uma vila contruída em 1860 e é propriedade de uma família suíça. O único hotel cinco estrelas de Lugano é decorado com obras de artes do século 17 e do lado de fora, em um parque tropical, pode-se avistar o lago que o cerca. A diária fica entre US$ 367, para quarto individual, e US$ 967, para uma suíte.

A rede de luxo Kempinski administra 80 hotéis, em prédios históricos e de arquitetura moderna, em 30 países na Europa, Oriente Médio, Ásia e África. O preço da hospedagem varia conforme o destino e o tipo de quarto. No Kempinski Hotel Mall of the Emirates Dubai, por exemplo, uma diária para uma pessoa em maio custa entre US$ 245 e US$ 2,7 mil. Já no Emirates Palace Abu Dhabi, dependendo do quarto, a diária pode chegar a US$ 13,7 mil.

A rede vê os brasileiros como um público que está cada vez mais interessado em destinos e hospedagem luxuosas. "Nós vemos potencial para um crescimento contínuo dos negócios vindos do Brasil. O Brasil é um país em que se viu um enorme crescimento econômico na última década, e a Kempinski percebeu um aumento no número de brasileiros em nossos hotéis nos últimos cinco anos", afirmou a administração da Kempinski. O número de turistas vindos do Brasil nos hotéis da rede triplicou desde 2008.

Brasileiro mais exigente

Para o presidente da Teresa Perez Tour, agência especializada em turismo de alto padrão, Tomas Perez, o público brasileiro está ficando cada vez mais exigente e, por isso, atraído por pacotes mais sofisticados. "O brasileiro hoje enxerga o luxo de maneira mais consciente e sustentável. Ele não quer apenas fazer compras, mas vivenciar o que cada lugar pode oferecer. O estilo de vida virou referência, e o luxo da experiência é o que realmente importa", afirma.

É baseado nesse conceito da experimentação que os hotéis de luxo vêm conquistando os turistas daqui. "Esses hotéis têm cuidado com os detalhes em toda a experiência de hospedagem e levam sua assinatura para aspectos como conforto, acomodações, gastronomia e localização privilegiada", completa Perez. Ele diz ainda que o gasto médio diário do cliente nessas viagens pode chegar a ser oito vezes maior do que nos pacotes convencionais.

O crescimento do mercado do turismo de luxo também pode ser atribuído à vontade do brasileiro de explorar novos destinos. "Hoje, o céu é o limite para quem tem grana e criatividade. O brasileiro aprendeu a viajar de maneira criativa nos últimos cinco anos", afirma um dos sócios da agência Matueté, Martin Frankenberg. Ele acredita ainda que graças à crise nos mercados internacionais, redes de hotelaria e turismo voltaram seus olhos para o Brasil, onde a economia anda a passos largos. Os pacotes de luxo custam, segundo Frankenberg, a partir de US$ 500 para uma pessoa por dia. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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