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Para sua viagem

Mudança nos vistos dificulta viagens de negócios à China

20 set 2013 - 07h34
(atualizado às 07h34)
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Em vigor desde o início deste mês, novas regras e classificações para a obtenção de vistos para a China podem burocratizar a permissão de entrada de viajantes a negócio. O novo Regulamento sobre Controle de Entrada e Saída de Cidadãos Estrangeiros, aumenta de oito para 12 os tipos de vistos concedidos pelos chineses. Desta forma, as razões da entrada do cidadão estrangeiro ficarão mais detalhadas.

Sokan Young, diretor da agência de turismo Chinatur, já trabalha no setor há mais de 30 anos. Quando iniciou, o país trabalhava apenas com um tipo de visto. Hoje, diz ele, as mudanças são uma questão de segurança, já que as relações entre Brasil e China se intensificaram. Young percebe que há complicações de ambos os lados - tanto do consulado brasileiro quanto do chinês -, acabando por respingar no cidadão.

No entanto, as dificuldades para obtenção do visto devem poupar os turistas e afetar apenas quem viaja a trabalho. O diretor da China Vistos, Marcos Silva, explica que a grande mudança foi o detalhamento de categorias. “A documentação mudou pouco por enquanto. Para o turista não muda muito, o que fica mais burocrático é o visto de negócios”, afirma. A obtenção deste tipo de permissão só se dá por meio de uma carta convite do governo chinês ou da Canton Fair - feira de comércio exterior realizada no país, explica Silva. Há algum tempo eram aceitas cartas de empresas na retirada do visto.

Destino exótico e barato

Terceiro país mais visitado do mundo, atrás apenas de França e Estados Unidos, a China recebeu 10 vezes o número de turistas no Brasil. Foram 57,7 milhões de pessoas injetando US$ 50 bilhões (quase R$ 114 bilhões) no país no ano passado. Somam-se a isso as receitas geradas pelo turismo em Macau e Hong Kong, regiões administrativas especiais chinesas, que chegaram a US$ 75,8 bilhões (equivalente a R$ 172,5 bilhões) em 2012. Mesmo assim, a China é um destino exótico para os brasileiros, diz Simone Hang, diretora da China Brasil Turismo. A maior procura é para viagens de negócios.

As 30 horas de vôo e os US$ 2 mil dólares (no mínimo) de passagem já assustam. Porém, chegando-se ao outro lado do mundo é possível constatar que os serviços, como a hospedagem por exemplo, são de grande qualidade e saem barato, afirma Simone. “A China é duas vezes mais barata se considerado o poder de compra. O custo da China é bem menor que o brasileiro”, diz Young. 

Pequim ainda é o principal destino do país. A grande muralha e a Praça da Paz Celestial atraem os turistas para a capital chinesa. Xangai, a maior cidade da China, Xian - lugar do exército de terracota e pertencente à antiga rota da seda - e Cantão, importante centro comercial, também se destacam.

As transações entre as moedas brasileira e chinesa podem ser feitas diretamente, sem a interferência do dólar. Atualmente, R$ 1 equivale a 2,69 yuans. Para o consultor de comércio exterior especialista em China, Carlos Tavares de Oliveira, o yuan se encontra em um bom nível cambial, com relação de 6,12 por US$ 1. A moeda chinesa está em alta, mas não há interesse do país em valorizá-la mais para não afetar a exportação. A cotação atual é interessante para o turista e semelhante à de 2012. No mês passado, a China bateu o recorde de turismo tanto no recebimento quanto na emissão de turistas para o exterior.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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