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Para sua viagem

Com dólar em alta, países vizinhos são opção mais econômica

Serviço comparador de viagens Mundi aponta queda na busca por passagens para os EUA e aumento nas consultas a destinos sulamericanos

16 jul 2013 - 07h17
(atualizado às 07h17)
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Alta do dólar motivou aumento na procura por destinos na América do Sul
Alta do dólar motivou aumento na procura por destinos na América do Sul
Foto: Shutterstock

Viajar aos Estados Unidos em julho, alta temporada, já costuma ser caro. Com o dólar alcançando R$ 2,26, valor que não era atingido desde abril de 2009, quando chegou a custar R$ 2,28, conforme o Banco Central (BC), ver a estátua da liberdade de pertinho fica ainda mais caro, o que faz com que muitos brasileiros optem por destinos mais próximos - e mais baratos - para fugir do dólar.

Um levantamento realizado entre os dias 29 de maio e 4 de junho pelo comparador de viagens Mundi indicou que houve uma queda de 25,15% na procura por passagens aéreas para cidades norteamericanas em relação ao período de 22 a 28 de maio. Acompanhando este movimento, houve aumento de 42,2% na procura por destinos na América do Sul. Apesar disso, o movimento nas agências de viagens não sofreu grandes alterações: de acordo com a Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), 95% das viagens para as férias de julho de 2013 oferecidas pelas agências filiadas já estão vendidas, e não há registro de cancelamentos além do normal.

Vice-presidente de relações internacionais da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Leonel Rossi Junior explica que a alta do dólar vai exercer impacto maior sobre as despesas nos locais visitados, encarecendo os custos de alimentação e compras para os turistas que viajarão ao exterior.

Vizinhos em alta

Para as férias de julho, segundo Rossi, os destinos preferidos na América do Sul estão na Argentina: Buenos Aires e Bariloche. Se destacam também Chile e Paraguai. Diferentemente dos Estados Unidos, nestes países a taxa de câmbio é bem mais amigável aos bolsos brasileiros: um peso argentino custa R$ 0,42, enquanto as taxas de conversão do peso chileno e do guarani paraguaio para o real são de 0,0045 e 0,0004927, respectivamente.

Em Bariloche a grande atração é a neve. Conhecida também como “Brasiloche” por conta da grande quantidade de turistas brasileiros que atrai anualmente, a expectativa é de que o número de visitantes provenientes do Brasil suba de 18 mil em 2012, para 35 mil neste ano. Atento ao aumento de turistas causado pela alta do dólar, o governo argentino investiu US$ 10 milhões em melhorias para a temporada de inverno de 2013. Além disso, outro fator facilitador são os vôos diretos de São Paulo para Bariloche, visto que a cidade turística fica a mais de 1600 Km da capital, Buenos Aires.

Para quem não vai conseguir escapar das despesas em dólar, a dica é comprar a moeda à vista ou usar cartões pré-pagos. Assim, sabe-se exatamente quanto da moeda se tem, e evita-se surpresas com as variações na taxa de câmbio. Além disso, os cartões de crédito podem encarecer ainda mais a viagem, visto que o câmbio é feito no fechamento da fatura. De acordo com o BC, ainda pode ocorrer, na fatura seguinte, a cobrança da variação cambial entre o dia da emissão da fatura e o do pagamento de fato. Há ainda a diferença de taxas: no gasto a crédito, incide o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 6,38%, enquanto no cartão pré-pago, a cobrança é de 0,38%.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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