Adie sua viagem e evite o dólar em alta, sugere especialista
Turistas que não adquiriram moeda antecipadamente devem adiar planos de viagem se possível
Quem programou férias no exterior para este inverno pode estar em maus lençóis.Em junho, o dólar chegou a R$ 2,26, valor que não era atingido desde abril de 2009, quando alcançou R$ 2,28, conforme os registros do Banco Central (BC). “Quem não planejou a viagem com bastante antecedência vai pagar caro”, alerta a coordenadora do Investmania, empresa especializada em investimentos, Aline Rabelo. De olho nas flutuações do dólar, ainda dá um conselho. “Quem puder adiar sua viagem, que adie”.
O ideal agora, segundo Aline, é replanejar as viagens ao exterior. Independentemente do momento econômico, a recomendação geral é que as pessoas se programem com pelo menos seis meses de antecedência, pois isso permite que o viajante compre dólares aos poucos, mês a mês, se protegendo das variações cambiais. Com um planejamento de longo prazo, também é possível encontrar promoções nas passagens aéreas, normalmente cobradas em dólar.
Para aqueles que não podem alterar as datas das passagens e vão viajar de qualquer maneira no recesso de julho, a especialista em investimentos recomenda a compra da moeda à vista e o uso dos cartões pré-pagos. De acordo com ela, essas medidas ajudam a estimar os gastos na viagem e a evitar um rombo no orçamento. “Comprando o dólar à vista, a pessoa já sabe exatamente quanto da moeda estrangeira vai ter e, assim, quanto vai poder gastar. O mesmo serve para o cartão pré-pago, já que a transação é feita com a cotação do dia”, explica Aline.
Evite o cartão de crédito
É desaconselhável, em um momento de alta do dólar, o uso de cartões de crédito nas viagens ao exterior. Isso porque, nestes casos, o câmbio é feito no fechamento da fatura, tornando-o imprevisível e arriscado. Até porque a projeção é de que a moeda americana suba ainda mais. De acordo com o BC, ainda pode ocorrer, na fatura seguinte, a cobrança da variação cambial entre o dia da emissão da fatura e o do pagamento de fato.
Vale lembrar que, no cartão de crédito, há a cobrança de 6,38% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), percentual que, no cartão pré-pago, fica em 0,38%. Todas as precauções devem ser tomadas para que se evite sustos e gastos desnecessários. “A viagem fica mais limitada, mas garantida”, diz a coordenadora da Investmania.