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Operações Empresariais

Um like no Facebook vale US$ 174 para empresa, diz pesquisa

24 jun 2013 - 07h02
(atualizado às 07h24)
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Há uma nova moeda em circulação no Facebook. Chama-se like. O usuário da rede social não paga nada por ela, mas confere valor a uma marca assim que curte sua fan page. Uma pesquisa divulgada em abril de 2013 pela empresa norte-americana Syncapse, especializada em serviços de tecnologia e inteligência em redes sociais, aponta que um fã no Facebook vale, em média, US$ 174. O valor é 28% superior ao estipulado em estudo anterior, de 2010.

Para chegar ao número, a empresa considerou seis tópicos: hábitos de consumo, lealdade, propensão a recomendações, alcance no Facebook, atratividade e afinidade com a marca. O estudo ainda levou em conta empresas com um amplo número de fãs na rede social, como Zara, McDonald’s, Adidas, XBox e Coca-Cola.

De acordo com a pesquisa, o aumento do valor médio das curtidas foi impulsionado pela tendências dos fãs para serem superconsumidores. “Não só eles tendem a ser usuários da marca em primeiro lugar, como gastam mais, participam mais, defendem mais e são mais leais”, relata a Syncapse. Os números apontam ainda que os fãs gastam 43% mais que outros usuários - mesmo sem ter uma remuneração maior - e estão 80% mais propensos a se tornarem usuários da marca.

Para o diretor da empresa de marketing digital NW Mídia, Alex Andrade, é preciso ter calma com o que os números podem representar. “Tem um pouco de ilusão, afinal uma curtida nem sempre representa engajamento. É como se fosse um aperto de mãos”, compara o especialista. Sócio-diretor da Escola do Marketing Digital, Jessé Rodrigues ressalta ainda que uma marca ter 100 mil fãs não representa ter um volume maior de vendas que uma com 10 mil curtidas. “O que aumenta é o potencial de vendas”, explica.

Os dois especialistas veem como essencial um planejamento adequado no mercado digital para que fãs no Facebook se transformem em consumidores de fato. “Mais importante que curtir é o engajamento. Mas, claro, tudo começa pelo curtir”, aponta Andrade.

Rodrigues lembra que as empresas, em busca de visibilidade, pagam para ter anúncios na rede social. Segundo ele, o investimento médio em cada curtir gira em torno de US$ 0,15. Andrade acrescenta ainda que, além do investimento em anúncios, algumas empresas pagam também pelas curtidas, algo que, para ele, é problemático. “Não se compra espontaneidade”, alerta, ressaltando uma vez mais a importância do empenho do usuário em relação à marca.

Com mais de um bilhão de usuários, a principal rede social do mundo recebeu, no primeiro quarto de 2013, US$ 1,25 bilhões com propaganda. Em 2012, a receita total do Facebook foi de US$ 5,09 bilhões - 158% mais que em 2010. Segundo a pesquisa, isso mostra que o Facebook continua a ser uma plataforma altamente valiosa para reforçar e ampliar o alcance das marcas.

No entanto, Rodrigues ressalta que o Brasil ainda não explora ao máximo as possibilidades do marketing digital. “Algumas empresas estão se mexendo, mas, em uma média geral, o mercado ainda está engatinhando”. Para ele, o principal problema é a falta de mão de obra qualificada no setor. “Existe muito mais na internet que Facebook e Google”, diz.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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