O Brasil é o 25º maior exportador do mundo, conforme a Central Intelligency Agency (CIA). Pelos números da agência norte-americana, o País movimentou US$ 242 bilhões em 2012, representando 1,32% das exportações mundiais. As vendas brasileiras ao exterior são alavancadas, em especial, pelas commodities, que representaram, em 2012, de acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil, mais de 70% das exportações do país.
Os outros 30% são divididos nos mais variados produtos. Alguns chegam a ser bizarros. Uma lista divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior sobre as exportações brasileiras em 2012 apresenta 4.292 itens, que vão de enchidos de carne, miudezas, sangue e suas preparações alimentícias a óleos de nabo silvestre e relógios de bolso. O Brasil, fiel do futebol, quem diria, exporta artigos para a prática de badminton.
Sem controle sobre a cotação das commodities, variar os tipos de produtos exportados é uma alternativa para diminuir a dependência da balança comercial de fatores externos. Conheça 15 produtos bizarros que o Brasil exportou em 2012.
Sêmen bovino - O Brasil exportou 12 quilos líquidos de sêmen bovino, o que gerou US$ 103.165 para a balança comercial. Os destinos do produto foram Angola, Equador, Paraguai, República Dominicana, Sri Lanka, Tanzânia e Uruguai. A exportação do sêmen bovino envolve, principalmente, raças leiteiras. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando destaca a produtividade, rusticidade, precocidade, longevidade e fertilidade dos animais da raça, além da alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima, motivos de sobra para que o sêmen seja desejado pelos produtores.
Foto: Shutterstock
Cabelos - A categoria cabelos em bruto e desperdícios de cabelo rendeu US$ 115.693 ao Brasil em 2012. Foram exportados 536kg do item, o que significa que 1kg de cabelo vale, em média, US$ 215,84. Israel foi o principal importador do cabelo brasileiro (475kg), seguido pelos Estados Unidos (61kg).
Foto: Shutterstock
Baralhos - Cartas de jogar movimentaram US$ 109.511 em exportações. O valor representa apenas 0,000045% do que é exportado pelo Brasil e é 71% inferior ao que foi exportado desse produto em 2011, quando movimentou US$ 372.859. Os principais compradores de baralhos em 2012 foram Colômbia, Reino Unido e Panamá.
Foto: Shutterstock
Goma de mascar - As exportações de goma de mascar se dividem em duas categorias: com e sem açúcar. Foram exportados 109.711kg de chicletes adocicados, que renderam US$ 222 mil. Já as gomas sem açúcar movimentaram apenas US$ 132 (foram exportados 58 kg do produto). Juntas, representam 0,00009% do valor exportado pelo Brasil.
Foto: Shutterstock
Taxímetro - Curiosamente, um dos itens exportados pelo Brasil é taxímetros e totalizadores de caminho percorrido. A categoria gerou US$ 334.197 em exportações em 2012, 10,1% menos que em 2011, quando as exportações de taxímetros renderam US$ 300.473.
Foto: Shutterstock
Tripas, bexigas e estômagos de animais - Essa categoria exclui peixes. Segundo informações da BrasilGlobalNet, as tripas são utilizadas principalmente nas indústrias alimentícia (como invólucro de produtos embutidos) e de artigos médicos (na fabricação de categutes cirúrgicos), além do seu uso na fabricação de cordas para raquetes de tênis e instrumentos musicais. Movimentou US$ 93.667 em 2012, quando foram exportados 5.570kg dos produtos.
Foto: Shutterstock
Paraquedas - Este item foge de esquisitices alimentícias e animais: o Brasil exportou, em 2012, 1.255kg do produto. As transações geraram US$ 89.901. Houve queda em relação a 2011, quando o valor exportado em paraquedas foi de US$ 92.437,00. O item é exportado para 36 países; o maior comprador é a Argentina.
Foto: Shutterstock
Macacões e conjuntos de esqui - Ainda que um país tropical, o Brasil é exportador de macacões e conjuntos de esqui. Em 2012, esses produtos geraram US$ 37.725. O número representa 0,000016% das exportações brasileiras. Os conjuntos vão para 34 países, incluindo destinos quentes México, República Dominicana e Angola e frios Finlândia e Alemanha, entre outros.
Foto: Shutterstock
Vergalho - Não tão conhecido pela sua nomenclatura científica, o vergalho é o membro genital do boi, depois de cortado e seco. Ele é exportado na categoria de miudezas da carne, que gerou US$ 334.878 à balança comercial brasileira em 2012, quando foram vendidos 130.689kg do produto para o exterior. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, o principal destino do vergalho é a Coreia do Sul, onde produzem enlatados do produto. Ressecado, o item também se transforma em brinquedo ou alimento para cães.
Foto: Shutterstock
Carapaças de tartarugas - Foram vendidas ao exterior 4.502kg de carapaças de tartarugas, chifres, galhadas e cascos em 2012, ano em que a categoria rendeu US$ 11,6 mil ao Brasil. O país de destino foi, majoritariamente, a Nova Zelândia, que comprou 4,5 toneladas. Os outros 2kg foram vendidos à China. A carapaça da tartaruga é utilizada na fabricação de artesanato, em especial na América Central e no Caribe.
Foto: Shutterstock
Antiguidades - O Brasil exportou, em 2012, US$ 11.140 em antiguidades com mais de 100 anos. O valor está bem abaixo dos US$ 82.948 exportados pela categoria em 2011. Os países compradores foram Reino Unido e Itália - o primeiro, apesar de ter importado apenas 3kg, pagou US$ 9.640 por eles.
Foto: Shutterstock
Para-raios - País com a maior ocorrência de raios no mundo, o Brasil é, além de consumidor de para-raios, também exportador: as vendas ao exterior do produto renderam US$ 10.092 à economia brasileira em 2012. O fenômeno acontece, principalmente, em regiões tropicais, em especial na África Central, no sul e sudeste da Ásia, no centro da América do Sul e no sul dos Estados Unidos (os únicos importadores dos para-raios brasileiros são exatamente os norte-americanos).
Foto: Shutterstock
Embriões - As vendas para o exterior de embriões de animais trouxeram US$ 7.300 para a economia do Brasil. Foram comercializados 28kg do material. O único comprador é o Panamá.
Foto: Shutterstock
Raquetes de badminton - Esporte pouco popular no Brasil, o badminton é produto de exportação: a venda ao exterior de raquetes da modalidade gerou US$ 1.297 à balança comercial brasileira. O país comprador foi Aruba. Muito conhecido nos países asiáticos, o esporte lembra regras do vôlei e da peteca.
Foto: Shutterstock
Miúdos de galinha - O mais célebre miúdo da galinha entre os brasileiros é seu coração, mas o gosto não atravessa fronteiras: as exportações dessa especiaria representam apenas 0,00000023% do valor exportado pelo Brasil em 2012. O item gerou US$ 567 e foram comercializados apenas 24kg das miudezas aviárias.