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Operações Empresariais

Franquias faturam R$ 103 bi em 2012; projeções são otimistas

28 mai 2013 - 07h01
(atualizado em 6/6/2013 às 12h38)
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Um dos setores mais promissores do mercado brasileiro, com crescimento maior que o PIB há quase uma década, o franchising faturou R$ 103,291 bilhões em 2012. E a projeção para este ano é promissora: estima-se acréscimo de 16% em faturamento, 9% em novas redes e 11% em novas unidades, de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF). Para quem quer investir no segmento, representar uma marca internacional se tornou uma opção: hoje, 168 redes estrangeiras estão no Brasil, o que representa 7% das marcas franqueadas no País.

Para o diretor de relações exteriores da ABF, André Friedheim, o Brasil é um mercado atraente para empresas estrangeiras não só pelo fato da economia não ter sido impactada pela crise mundial. “O perfil do franqueador brasileiro está muito melhor. E o sucesso de marcas internacionais que aportaram no País incentivam novas marcas a virem para cá”, afirma.

Apesar dos problemas com a inflação e da burocracia, os alicerces econômicos brasileiros dão segurança para as redes do exterior desembarcarem no País. E as marcas importadas fazem sucesso. Exemplos de franquias estrangeiras que estão muito bem no Brasil, apesar de já terem passado por períodos de dificuldades, são a rede de pizzarias Domino’s e a rede de sanduicherias Subway.

Das 168 marcas estrangeiras, 22,6% são do ramo da alimentação, 18,5% da área de beleza, saúde e estética e 10%, atuam no setor de serviços e conveniência. Outras áreas de destaque são educação e treinamento (8,3%); decoração, presentes e imobiliários (8,3%); serviços automotivos (6,5%); turismo, vestuário e limpeza (cada um com 5,4%).

Segundo Friedheim, a alimentação é o setor mais representativo de franquias internacionais. “Temos o McDonald’s, o Subway, a Domino’s Pizza e a Pizza Hut, entre outras”, cita. Mas ele destaca o turismo como outra rede promissora. “Temos a rede Accor de hotéis que está crescendo muito. Na educação, temos o Kumon, que é a maior franqueadora deste segmento no País”, comenta.

Internacionais x Nacionais

O processo para abrir uma franquia internacional ou nacional é o mesmo. Em ambas, a recomendação é optar por marcas que têm notoriedade e toda a capacidade de prestação de serviços. “O McDonald’s, por exemplo, é uma marca que já tem toda uma história, é famoso, oferece todo o suporte, mas também tem Habib’s ou Bob’s, que são marcas nacionais e têm toda a estrutura que o McDonald’s oferece”, diz o diretor da ABF.

Para entrar neste mercado, o ideal é que o investidor tenha capital disponível, bom relacionamento com indústria de shopping centers e conheça o mercado e a operação. “Franquia internacional não é sinônimo de sucesso, nem é sempre mais lucrativa que a nacional. São oportunidades diferentes”, destaca Friedheim.

Ainda de acordo com ele, a única desvantagem da franquia internacional são os produtos importados. Se houver uma crise do câmbio, aumenta o custo de importação. Porém, a maioria destas marcas, como Subway e Domino’s, já tem fornecedores aqui.

Os riscos do negócio também são semelhantes. O importante, conforme o diretor da ABF, é entender o mercado de atuação, o potencial e os custos do negócio. Já para o investimento, há uma pequena diferença. “A não ser que a rede internacional obrigue o franqueado a importar equipamentos e produtos, o custo é praticamente o mesmo. O que pode ser um pouco mais caro são os royalties, mas isso não deve afetar a operação”, explica Friedheim.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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