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Operações Empresariais

Economia mundial deve crescer 4,5% até 2018, segundo FMI

21 ago 2013 - 07h26
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Na projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre a economia mundial nos próximos cinco anos, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 4,5%. Nada ruim, levando em consideração as projeções para 2013 e 2014, revisadas em julho, de 3,1% e 3,8%, respectivamente. Para 2018, o Brasil tem um crescimento estimado de 4,2%, enquanto os Estados Unidos podem crescer 2,9%, e a China, incomparáveis 8,5%.

Segundo o economista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) André Pineli, é difícil projetar o quanto a economia de cada país pode crescer em um horizonte tão distante. “Leva-se em conta o PIB chamado potencial: o que o país poderia crescer sem gerar inflação e problemas no balanço de pagamentos, de acordo com a situação atual”, explica.

A projeção para a economia brasileira, hoje a sétima do mundo, é de 2,5%, neste ano; 3,2%, em 2014; e 4,2%, em 2018. Para Pineli, os números são ambiciosos. “Para melhorarmos a economia no País, seria preciso aumentar a produtividade das pessoas já empregadas e qualificar a mão de obra desempregada. É necessária uma transição que só é possível com qualificação por meio de programas de treinamento”, explica.

Já o professor do Instituto de Economia da Unicamp Celio Hiratuka está mais confiante. Para ele, alcançar a taxa de 4% depende do grau de otimismo que o empresariado depositar na economia brasileira. "Existe hoje uma insegurança que inibe os investimentos necessários para que o país cresça. O grande desafio é reanimar a confiança do empresário”, aponta.

Algumas medidas já foram tomadas, como redução de juros na compra de equipamentos e na tarifa de energia elétrica. “Do ponto de vista estrutural, não enxergo nada que impeça o crescimento, que depende das decisões que os empresários tomarem hoje. Eles só não podem se deixar levar por essa onda de pessimismo e diminuir suas produções”, diz.

Outras potências

A economia norte-americana tem uma projeção de crescimento de 1,7%, para 2013; 2,7%, para 2014; e 2,9%, até 2018. Levando-se em conta o processo de recuperação da crise, com o endividamento das famílias e o déficit público ainda altos, as projeções são razoáveis. “O andamento dos Estados Unidos vai depender muito de como o país reagirá com a retirada dos incentivos monetários, que deve ocorrer no segundo semestre”, explica Hiratuka.

Já o crescimento da China está projetado para 7,8%, em 2013; 7,7%, em 2014; e 8,5% para daqui cinco anos. Apontada por especialistas como uma das economias mais difíceis de prever, a gigante asiática vem mantendo uma taxa de crescimento alta nos últimos anos, o que deve desacelerar. Segundo Pineli, a China já ultrapassou a fase de crescimento fácil e tem um grande número de mão de obra agrícola, que pode ser aproveitada em outros setores.

As altas taxas de investimento também dão impulso ao crescimento chinês, mas podem desestabilizar o país. “É saudável pra China diminuir seus investimentos, para não causar excesso de capacidade e superprodução nas empresas”, explica. Neste caso, as fábricas podem ter dificuldade de vender seu produto e acabar endividadas. Se isso ocorrer, causam problemas ao setor bancário nacional e levam todo o país para baixo.

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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