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Operações Empresariais

Brasil e Polônia têm potencial comercial pouco explorado

8 jan 2014 - 07h15
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O Brasil tem um histórico de comércio tradicional com a Polônia e ainda que não tenha havido um crescimento muito expressivo, existe uma evolução positiva. “Tem sido ampliado nos últimos anos, mas não é um mercado que tenha a expressão que os dois países poderiam ter. Eles têm se situado num patamar abaixo do potencial”, afirma o vice-presidente executivo da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Fábio Martins Faria. Na crise europeia, a Polônia aparentemente foi menos afetada, segundo o vice-presidente. “A Polônia teve um desempenho melhor que seus parceiros da União Europeia. Mas falar que ela estava fora da crise é difícil, de alguma forma ela foi afetada”, afirma.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX/MDIC), o total geral de produtos exportados para a Polônia, de janeiro a novembro de 2013, somam o total de US$ 381.645.547. Em 2012, esse total foi de US$ 371.173.333. O número de 2013 representa um aumento de 2,2% no total geral. Entre os principais produtos exportados para o país europeu estão minérios de cobre e seus concentrados, fumo e bagaço de outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja.

Já em relação à importação, o Brasil importou de janeiro a novembro de 2013 o equivalente a US$ 751.398.078 de produtos poloneses, um aumento de 33,15% em relação ao ano passado.  Entre os principais produtos importados estão o coque de hulha, de linhita ou de turfa, borracha de estireno-butadieno em outras formas primárias e produtos de telefonia. 

Os produtos aqui no Brasil tem uma estrutura de custo muito pesada, isso acaba fazendo com que nossos produtos fiquem caros, observa Faria. “Há impostos, uma burocracia e uma logística ainda deficiente”, aponta. 

O vice-presidente acredita que com a desvalorização do real, os produtos brasileiros tendem a ficar mais competitivos, pois se tornam mais baratos. “Isso beneficia as exportações brasileiras e reduz a atratividade das importações. Mas o Brasil continuara precisando importar produtos de lá, pois a indústria continua precisando desses produtos”, ressalta. 

Por estar dentro da União Europeia, grande volume de comércio que a Polônia faz é com os próprios países da Europa. “Mas ela tem também possibilidade de expandir o comércio com outros mercados”, aponta. Faria acredita que os países têm potencial de aumentar a relação comercial quando for assinado o tratado Mercosul-União Europeia. “É uma perspectiva favorável pois levaria a uma redução de tarifas”, finaliza. 

Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra Cartola - Agência de Conteúdo - Especial para o Terra
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